Poeta Mário Querino 14/10/2018 |
Hoje, me levantei cedo,
Fiz algumas contas sim,
E meu pai assim fazia.
Isso é uma liça pra mim,
Já passo aos meu filhos
E ao meu querido neto.
Então, comentei assim:
Vou pagar meus débitos,
E quem paga não deve
Nada a ninguém na Terra,
A não ser grande favor,
Neste meu pé e serra.
Então, contrapôs assim
A minha mulher querida:
“Como vais pagar agora
Todas as tuas dividas,
Se é domingo, e credores
Ainda estão dormindo?”
Respondi: Já são 8 horas,
Obviamente é domingo,
Mas quem dorme deixa
A bênção passar e volta
Para o final da grande fila,
E deve esperar na porta
Sem rezingar pelo atraso.
Pois o devedor já passou
Para acertar suas contas,
E frechada a porta achou.
Assim eu fiz um contorno
Pelas ruas do Distrito,
Paguei a quem comprei
Por último, claro, fui lícito
Em fazer este meu papel.
Depois alguém comentou:
“O cara me deve, passa
Por aqui, e não me pagou...
E foi pagar fulano de tal,
Aliás, acho que ele foi sim,
Pagar. Vou agora lá saber,
Pois ele não pagou a mim.”
O credor saiu à procura
De uma boa informação.
Daí chegou na loja sim,
Do colega com intenção
De saber sobre a dívida
Do cliente que lá passou
E não deu nenhum sinal
De pagar o que comprou.
Então disfarçado indagou:
“Àquele cara te pagou
Alguma coisa, ó amigo?”
Notando, o amigo falou:
“Ele comprou sim, algo
Ontem, já veio me pagar!”
Alguém assim comentou:
“Faz 8 dias que não foi lá
Acertar as contas comigo,
E contigo já veio acertar?
Será que ele se esqueceu,
Sou obrigado lhe cobrar?”
O amigo lhe respondeu:
“Meu caro, ele é direito,
Se adiar, tenho certeza
Que lhe pagará satisfeito
Com o juro de seu gosto.”
Alguém não abriu o portão
E o seu devedor passou
Com seu débito nas mãos,
Porém, não podia esperar
Alguém sair de sua cama.
Daí os últimos receberam
Primeiro, daí ele reclama
Sem nenhuma razão, pois
Quem dorme demais
Perde as bênçãos que há
Nas mãos do nosso Pai.
Mário Querino – Poeta de Deus
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