Poeta Mário Querino 18/10/2018 |
Havia uma entidade
Que sempre fazia
Retiros para diversão.
Então durante os dias
De seu planejamento,
Notificava a todos sim,
Menos ao pobre que
Ficava ali até ao fim
Esperando ser visto
Por esse bom grupo.
Mas quando tudo já
Ficava pronto, injusto,
Esse grupo chegava
Até ao pobre e dizia:
“Já estamos fazendo
Mais um retiro tal dia,
Você quer participar
Conosco? Será legal!”
Mas o pobre, dizia:
“O convite é especial,
Porém, desta vez não,
Mas falta preencher
Alguma vaga, amigos?
Tributarei com prazer,
Contudo, não dá não,
Para eu ir desta vez.
Pois não sou reserva,
Nem eu necessitarei
Desse divertimento,
Porque eu tenho sim,
Outros meios de rir,
Chorar, cantar, enfim,
De beber, comer e ser
Muito mais feliz
Neste bom cantinho
Do nosso amado país.
Eu sou pobre, porém,
Não vivo a olhar
Um contentamento
Onde o amor não há.
Então, desta vez não,
Não sou contrapeso.
Vão com Deus, ficarei
Sem nenhum almejo...
Mário Querino – Poeta de Deus
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