Poeta Mário Querino 19/03/2019 |
Quando ficamos velhos,
Tudo começa a mudar,
Em nosso atalho, vemos
Que ainda precisa lutar,
Porém as forças têm
Pouco vigor e atuação,
Mas o intelecto age
Pela eficácia da ilusão.
Estudo a ideia da vida
Que Deus ao homem
Dá quando ele é jovem
E quer crescer o nome.
Contudo ao ficar idoso,
Perde a força e se ilude
Somente pela vontade,
Quer fazer, mas a saúde
Não permite mais não,
Ainda com a vontade.
Então fica aqui iludido,
Busca sem necessidade
Algo. Daí Deus observa
E sonda o seu coração,
A ponto de se tocar
Que a fase não dá não,
Para realizar o labor.
Daí cogita bem assim:
“Não fiz quando moço,
Hoje, tudo vem a mim,
Para eu fazer na Terra,
Mas já se foi o tempo.
Por que eu ficar iludido
No empreendimento?
Quando tive a chance
De realizar algo mais,
Eu não quis fazer nada.
Agora, correrei atrás?
Certamente já é tarde
Para eu fazer isso.
Então a velhice não é
O tempo de sacrifício,
Disto e daquilo não,
Porque velho precisa
De repouso para viver
Bem no final da vida.
Ora, já começo a notar
Tudo que eu já fiz
E me realizei com luta,
Para eu viver mais feliz.
A minha velhice já vem
Com gosto de gás.
Por mais que eu tente
Fazer algo, sou incapaz.”
Mário Querino – Poeta de Deus
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