sexta-feira, 19 de junho de 2020

MEUS SENTIMENTOS POR PR. OZENILDO

Poeta Mário Querino 19/06/2020



No dia primeiro de janeiro 
De 1981, alguém me levou
Para a cidade de São Paulo,
Ora, ao chegar me deixou


Na porta de sua residência,
É óbvio, eu não conhecia
Nenhuma cidade grande,
Nem no Estado da Bahia.


Daí eu fiquei esperando
Alguém permitir eu entrar
Sim na sua suntuosa casa
E eu ficar até o tio buscar,


Porém, já dando meio-dia
E eu ficando ali na porta
Com a mala na calçada
E alguém nem se importa.


Daí apareceu um patrício
Que já fazia um tempo
Que morava nessa cidade,
Viu o descontentamento,


Então perguntou: “Ó cara,
Para onde vai você?”
Daí eu lhe objetei: Quero
Ir à casa do tio, como ter

O atalho, se não conheço
Nenhuma cidade de porte
Como é esta? Ele pegou
A mala por ser mais forte


E conhecedor... Esse cara
Já morreu há tempo,
Porém, ainda me lembro
Do bom contentamento


Do conterrâneo amigo,
Telecinho do Raul,
Que me fez grande favor
Ao chegar de Pindobaçu


Na cidade de São Paulo.
Como o meu tio morava
No Bairro dos Pimentas,
Guarulhos, Elena estava


Na casa de Everaldo e foi
Me levar com a sobrinha
Olga à casa de tio Lourival
Irmão de meu pai. Minha


Vida sempre foi de prova.
Em 1985, eu já estava
No Distrito de Bananeiras,
Porque na cidade nada


Deu certo durante a vida
Passada por lá. A loucura
Me veio, e voltei de novo
À cidade, e uma Viatura


Completa de policiais
Na Rodoviária do Tietê,
Me abeirou e começaram 
Com inabilidade bater


Este cara que estava sim
Desatinado pelo segundo
Tempo no Estado paulista,
Fiquei preso neste mundo


Sem fazer nenhum crime.
Mas ao chegar a noite,
Chamei um dos policiais
E Deus lhe falou por mim:


“Não fico bem neste local.”
Daí o policial disse: “Calma,
Que cairá água fria sobre
A cabeça.” (Ora, com a fala


Afetuosa e prometedora).
Daí então me levaram sim
Ao Pronto-Socorro, mas
Não cuidaram de mim.


Ora, me soltaram na rua
Onde saí perambulando
Durante a clara noite
Sim, contudo, quando


O Sol brilhou no olhar
Deste cara desajudado,
Pedi uma passagem para
S. Miguel, onde Everaldo


Irmão dessa senhora
Que acabou de perder
O marido, vivia. Roupa
Calçado, o que comer


E beber, eu recebia sim
Na casa de tio (eu ruim)
Onde meu irmão Pedro
Vivia. Tintim por tintim


Cuidaram de mim até
Eu regressar ao Distrito,
Ficando são e salvo por
Milagre de Jesus Cristo.


Hoje, portanto, ainda
Essa gente que morreu
Foi pecadora, de fato,
Já habita com Deus,


Pois Jesus Cristo disse:
“Quem der ainda que seja
Apenas um copo de água...”
Hoje, meu coração deseja
                                                Mateus 10:42

Para essa senhora que
Ficou viúva em Cristo,
Seu marido foi ao Céu.
Breve sairei do Distrito


Para ser novamente
O seu eterno amigo.
Ó irmão Ozenildo, até...
Conte também comigo.


Mário Querino – Poeta de Deus   

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