Mário Querino 27/06/2020 |
Quando o homem age
De uma forma lícita,
A coisa progride bem,
Mas às vezes complica.
Por que afirmo assim?
Pois tudo que é justo
Sobre o planeta Terra,
Não agrada ao público
Em geral, porque tem
Ideias completamente
Opostas da realidade
Que camufla a gente.
Muitas vezes indago:
Bom-dia! Como vai
Você? Está bem aqui?
A revide até satisfaz,
Porém, depois revela
Que tudo vai mal sim.
A revide: “Tudo bem!”
Foi pra alegrar a mim,
E não, porque ia bem.
Agora, eu pergunto:
Custa nada a pessoa
Falar sobre o assunto,
O qual eu poderia até
Dar uma mão amiga?
Ora, a realidade seria:
“Não está bem a vida,
Preciso de algo mais.”
Então eu perguntaria:
Posso lhe ajudar com
Algo e com sabedoria?
Se caso eu não puder,
Consulte o profissional
Na área em que você
Necessita ou está mal.
Sabe por que eu digo
Assim desta maneira?
Porque os problemas
Que há em Bananeiras,
Não me interessam,
Se eu não puder atuar
Com amor e por amor
Em prol desse lugar.
Se eu não tiver força
Pra resolver o negócio,
Pra que querer saber?
Darei o que não posso?
Certamente, quando
Deus toca em alguém
Para me procurar,
Porque esperança tem
De receber algo meu.
É óbvio, sim ou não,
E menos a promessa.
Pois já tenho em mão,
Tudo que eu posso
Dar, vender e alugar.
E só compro se eu
Tiver a fé em ganhar
Algo para pagar sim.
Ao contrário, fico sem
Qualquer coisa, mas
Não enrolo a ninguém.
E quando eu comprar
E não pagar no prazo,
Deve cobrar juro sim,
Pois foi meu o atraso.
Porém, antes do prazo,
Eu não devo a ninguém,
Só passo a dever no dia
Depois do vencimento.
Tudo o que a pessoa
Quer fazer dentro sim
Das normas da Justiça,
Tintim por tintim
Essa pessoa será vista
Como besta, por ouvir
Adágios dos ancestrais,
Como eu já ouvi aqui:
“Quem não rouba nem
Herda, enrica é merda.”
Ora, já ouvi muito isso,
E minha mente renega,
Meu coração abomina,
Minha alma e espírito
Não dão nenhum valor.
Por isso sou no Distrito
Pobre, e amo ser assim,
Voluntário e servidor.
Pois quando eu morrer
Levar nada eu vou.
Até o meu corpo não
Levarei, quem levará
É o povo para me pôr
Na cova, e pó eu virar.
Então, o que for meu
É de todo mundo,
Com exceção da Varoa,
Meu amor profundo,
Que é uma dádiva
Que Deus me deu aqui
Dizendo: “Só você tem
Direito de possuir (la).”
Então, pra ser homem
Que mantenha lícito
O seu viver na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra,
Intitulado Bananeiras,
É provado e caçoado
Durante a vida inteira.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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