Agora, parei um pouco
Para voltar ao passado,
O qual me trouxe sim,
Algo bom e engraçado.
Ora, a Ciência ou ainda
A nossa Superstição,
Era tão pueril na Terra
Que hoje meu coração
Fica achando que algo
No passado era melhor,
Quer dizer na intuição
Poética ao meu arredor.
A Ciência ou Superstição
Que utilizaram em mim,
Foi bater a colher de pau
Na minha cabeça, assim,
Fiquei um conversador,
Pois até aos 18 anos,
Eu era gago até demais
Neste cantinho baiano.
Outra Ciência ou ainda
Uma boa Superstição,
Era pegar uma criança
E fazê-la pisar no pilão,
Pra que ela caminhasse,
Caso chegasse a idade
E ela não conseguisse
Andar sozinha. Verdade
Ou engano, essa coisa
Funcionava muito bem,
Pois era por meio da fé
Que hoje já não se tem
Por aparecerem estudos
Bem mais profundos,
Os quais modificaram
Essa Ciência no mundo,
Ou essa boa Superstição.
E havia outras ciências
Ou outras superstições
Que a gente já dispensa.
Era muito engraçado
Quando um parente
Chegava em casa para
Bater colher na gente.
Porém, tinha um sigilo,
A gente não podia saber
Pra não tirar a simpatia,
E o milagre acontecer.
Não sei se foi a Ciência
Ou foi essa Superstição,
Só sei dizer que a colher
Batida na minha cabeça
E água me dada com fé
Num chocalho, fizeram
Eu ser assim um falador,
Por tudo isso agradeço
A Deus, nosso Senhor,
E também aos parentes
Que tiveram essa fé
De me darem essa água
No chocalho e com colher
Deram na minha cabeça.
Porém, hoje em dia,
Há sim, outras maneiras
Ou outra Sabedoria.
Mas o mundo continua
Composto de tudo.
E cada dia a fé em algo,
Por brotarem estudos
Pra mostrar a verdade
Ou rejeitar a Sabedoria,
Ciência ou Superstição,
Vejo que hoje em dia,
O povo sabe sim, falar
Bem melhor, porém
Segurança não existe
No que diz também.
Pela manhã fala algo,
À tarde alguém sopra,
E a noite desfaz tudo,
E ninguém disso gosta.
Antigamente, quando
Um rei falava, estava
Falado, ainda vendo
A Morte, não voltava
A sua palavra por nada.
Sabem por que irmãos?
Porque os parentes
Lhe pisavam no pilão
E lhe batiam com colher
De pau na cabeça.
Contudo, hoje em dia,
Vemos neste planeta
Homens já sem palavra,
E no porvir será pior.
Porque a Justiça está
Hoje vivendo ao arredor
E manipulada na mente
Do ser humano.
E não é diferente não,
Neste cantinho baiano
Intitulado Bananeiras,
Meu bom pé de serra,
Lugar que Deus me dá
O melhor fruto da Terra,
Que são: a Paz, o Amor,
A Justiça, a Integridade,
O Respeito, o Caráter,
O Trabalho, a Fidelidade,
A Castidade e tudo mais
De bom nesta vida,
Que me leva ao lado sim
Da minha Varoa Marisa.
Então, esta é sim uma
Das razões de eu voltar
Ao meu passado e ver
Algo se indo sem parar.
Mário Querino – Poeta de
Deus
“Meu Senhor,
eu não tenho facilidade para falar, nem ontem, nem nunca, nem depois que
falaste com teu servo. Minha boca e minha língua são pesadas.” Êxodo 4.10, “Ah,
Senhor Deus! Eis que não sei falar, porque não passo de uma criança.” Jeremias 1.6 (Esses caras beberam água num
chocalho, foram pisados num pilão e levado colher de pau na cabeça)
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