Eu estava ferido sim,
Justamente no nariz.
Alguém me inquiriu,
Pois saber disto quis:
“Qual a causa disso
No teu nariz, ó cara?”
Daí então, eu objetei
Tomando a sua fala:
Acidente de trabalho.
Alguém me inquiriu
De novo: “Trabalhas
Com quê?” Daí ouviu:
Com enxada, cavador
Machado, picareta,
Foice e facão. Alguém
Balançou a cabeça
E inquiriu novamente:
“Com tudo isso, cara?”
Daí eu lhe objetei sim,
Tomando a sua fala:
Com tudo e mais sim,
Colher de pedreiro,
Nível, prumo, sarrafo,
Esquadro, ponteiro,
Balde, carrinho-de-mão
Brocha, linha, marreta
Braçadeira, maquita, pá
E desempoladeira. Careta
Alguém fez e inqueriu:
“Com tudo isso, cara?”
Daí lhe objetei de novo,
Tomando a sua fala:
Com chave de fenda,
De boca, alicate, fita
Martelo, faca e trena.
Alguém me olha e fica
Balançando a cabeça
E inquire novamente:
Com tudo isso, cara?”
Eu feliz e sorridente,
Objetei-lhe: com mais,
Serrote, lápis, furadeira
E escopo. Alguém quis
Inquirir: “Em Bananeiras,
Trabalhas com tudo isso,
Cara?” Objetei: E mais,
Turquesa e serreta.
Alguém sorrir e me faz
Mais inquirições aqui:
“Com tudo isso, cara,
Trabalhas no Distrito?”
Tomando a sua fala,
Eu lhe objetei de novo:
Com o mais necessário,
Caneta, papel, celular
Computador, glossário
E a Bíblia Sagrada sim.
Alguém parou e disse:
“Então, és tudo aqui?”
Ora, com muita ledice
Objetei-lhe: com mais,
Rolo e pincel. Daí saiu
Sem mais contemplar
Meu nariz que se feriu,
Quando eu lhe falei
Alegre e feliz da vida
Ao lado da Mulher
Intitulada D. Marisa:
Não sou não, tudo,
Tudo é o meu Deus.
Apenas uso tudo isso
Nos afazeres meus,
E mais ferramentas,
Que for necessárias.
Quando eu não sei..
Passo a minha diária
Indagando ao Google.
Pois quem quer fazer,
Faz, basta estudar sim,
Com amor e prazer.
Mário Querino Poeta de Deus
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