domingo, 14 de novembro de 2021

TU OLHAS PARA MIM, E SE ACHAS MELHOR, EU VOU, TU VAIS TAMBÉM VIRAR PÓ

 


 

Mário Querino 14/11/2021

A vida é como caixa

De surpresa onde

A gente brinca sim,

E sempre esconde

 

Algo de sumo valor.

Ora, hoje, eu me vi

Num amplo espelho,

Daí parei para refletir

 

Esta minha imagem

E similitude de Deus.

Então, eu perguntei:

Este corpo é o meu

 

Ou é sim, de alguém?

Obviamente, me veio

Na cabeça tudo isso:

“Pode ser teu, e creio

 

Que seja, só enquanto

Tem a alma e espírito,

Porém, se fosse teu,

Tu farias um sacrifício

 

Pra mantê-lo vivo até

O dia determinado.

Como não és dono,

Não tens o cuidado

 

Para mantê-lo vivo

No planeta Terra,

Sobretudo no Distrito,

Seu bom pé de serra.

 

Por isso o corpo pode

Ser até seu, enquanto

Manteres a alma feliz

Com o Espírito Santo.

 

Ao contrário, podes

Até perdê-lo, por usar

Algo que lhe destrua

Antes do dia de voltar

 

Ao mais esperado pó.

Então, esse corpo não

É seu, passa sim, um

Tempo sobre o Chão.”

 

Daí ao sair da frente

Da luz do espelho,

Apreciei os montes,

E os olhos vermelhos

 

De chorar por sentir

Que vim à Terra,

Sobretudo ao Distrito,

Meu bom pé de serra

 

Onde eu nasci cresci

E vivo com D. Marisa,

Obviamente ditoso,

Mas ajuizando a vida,

 

Senão, nada medrará,

Ter um corpo assim,

Tão cheio de orgulho,

E logo chegar ao fim

 

Sem ter um proveito.

Agora, eu de cabeça

Baixa, já inquiro sim:

Na face deste planeta

 

Intitulado Terra, tem

Corpo humano melhor

Do que o meu corpo,

Para que não vire pó?

 

Então, na minha ideia,

Se queres no Planeta

Ser melhor do que eu,

Não passa de besta.

 

Pois, se eu vou voltar

A ser pó de novo,

Tu também vais sim,

Ser diante deste povo

 

Que continuará vivo

Até chegar o tempo,

De usufruir também

Dum sepultamento.

 

E não adianta chorar,

Queira o não queira,

Eu sendo vivo, verei

Aqui em Bananeiras,

 

Teu corpo morto sim,

Não tem escapatória,

E se duvidares eu vou

Delinear tua história,

 

Claro, poeticamente.

Então, ao olhar eu

Num amplo espelho,

Vi a imagem de Deus,

 

Obviamente vi ainda

A semelhança sim.

Vejo também que tu

És idêntico a mim.

 

Então, não queiras

Ser nenhum pouco

Melhor do que eu,

Ainda eu sendo louco.

 

Mário Querino – Poeta de Deus  

 

 

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