Alguém disse: “Tenho
Medo de passar perto
Dum Cemitério sim,
Pois acho um deserto.
Ninguém poderá não,
Me valer quando vier
Alguma avantesma.
Pois mãe disse que é
Normal aparecer sim,
Coisas em Cemitérios,
Para nos fazer medo.
Sei que é um mistério,
Porém não passo não,
Nem que a vaca tussa.
Eu prefiro dar a volta,
E o tempo que custa,
Não me importo não,
Bom é eu não passar
Perto dum Cemitério,
Onde pode assustar
E não ter por quem
Eu chamar na hora.”
Daí eu falei com riso:
Ó minha senhora,
Lá não faz medo não,
Eu passo lá com gosto,
E eu só queria morrer
Quando um morto
Me matasse, ó dona.
Daí alguém objetou:
“Nunca vais morrer.”
Quando ela me falou
Assim, eu lhe inquiri:
Então, por que tens
Esse medo de passar?
Morto não vê ninguém,
É vivo quem faz medo.
Mas eu entendo sim,
O psicológico de gente
Que bota coisas ruins
Na cabeça. Respeito
Essas pessoas que há
Neste planeta Terra,
Pois ninguém tirará
Da sua mente algo
Que traumatizou sim.
Então, um Cemitério
Não faz medo a mim,
Pois sou cônscio que,
A pessoa é enterrada
Numa profundidade 7
Palmos sim, e nada
Vai fazer essa pessoa
Saí de dentro da cova.
Medo não é por gosto
E nem e coisa nova.
Mário Querino – Poeta de Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário