terça-feira, 23 de novembro de 2021

TODOS TÊM UMA LUZ QUE BRILHA, AINDA VIVENDO NO FUNDO DO MAIS PROFUNDO POÇO

 

Pesquisada no Google 23/11/2021


Hoje, parei para refletir,

E olhando para o fundo

De um poço onde eu

Neste admirável mundo,

 

Passei um tempo nele.

Daí eu vendo esse poço

Nesta vida que leva

Meu envelhecido corpo,

 

Me deu uma sensação

Como que eu iria

Cair nele novamente.

Contudo, nele eu via

 

Bem lá no fundo algo

Miúdo como semente

De mostarda. Contudo,

Achei que era gente

 

Dentro. Eu falei assim:

Já estive nesse lugar,

E como consegui sair

Para aqui eu chegar?

 

Por que agora eu vejo

Que este poço é fundo?

Talvez não tenha não,

Outro assim no Mundo.

 

Mas ouvi uma história

Que me dá a entender

Que, ao receber ditos

Excessivos fazia descer

 

Sim, e pisava em cima.

Daí então, eu subia sim,

Um degrau a mais,

Até que eu, em fim,

 

Cheguei numa boa

Ao ambiente onde eu

Pude andar livremente,

E o poço desapareceu.

 

Pois ficara sim, cheio

De dito preconceituoso

E não caí mais nele não.

Por isso relato ao povo

 

Que, para tudo tem

Jeito. Alguém pode

Dizer: “Não pra Morte.”

Mas quem tem fé sobe

 

Como eu já subi sim,

Do fundo do poço,

E com alacridade eu

Cheguei forte no topo.

 

Ora, alguém que viu

Este cara há 36 anos,

Agora, pode até ainda

Está se perguntando:

 

“O Zinho (Mario Querino),

Ainda está vivo?”

Ora, eu estou, e melhor

Do que antes, ó amigo.

 

Quando me viste, eu

Jazia no fundo do poço,

Agora, graças a Deus,

Já estou aqui no topo

 

Contemplando o fundo

Do poço onde eu

Passei alguns anos

Vivo pela fé em Deus.

 

Agora, vejo no fundo

Algo muito pequeno,

Tamanho da semente

De mostarda. Eu vendo

 

Me dá uma sensação

Que descerei de novo.

Mas já me sinto forte,

Animado e corajoso.

 

Então, faço perguntas,

Como eu consegui

Sair do fundo do poço

E me achar feliz aqui?

 

O que eu declarar sim,

Aos amigos antigos

Que acham que morri,

Porém, continuo vivo?

 

O que agora, pensam

Sobre mim os policiais

De São Paulo, que

Me bateram demais,

 

Quando eu cheguei

Na Rodoviária Tietê,

Fugido de Bananeiras

À procura do Saber

 

(Estudo)? Em verdade,

Em verdade, se não

Fosse o nome de Cristo,

Não seria vivo no Chão,

 

Sobretudo no Distrito

Intitulado Bananeiras

Meu bom pé de serra

Onde fico a vida inteira

 

Ao lado de D. Marisa.

Mas como todo mundo

Tem a Luz que brilha,

Ainda sendo no fundo

 

Do mais profundo poço,

Esta Luz pode brilhar,

A ponto de alguém ver

E procurar trazer pra cá

 

O mais breve possível.

Quem viu a minha vida

No fundo do poço e quis

Trazê-la, foi a D. Marisa.

 

Por isso hoje em dia,

Lhe digo: D. Marisa,

A senhora pode exigir,

Que eu darei até a vida

 

Pra senhora ser feliz

Aqui no planeta Terra,

Sobretudo no Distrito,

Nosso bom pé de serra.

 

Quem salva um louco,

É óbvio, seus pecados

Serão perdoados sim,

O Espírito do Pai amado,

 

Sempre orienta gente

Que sofre preconceito,

A senhora sofreu muito

Por um Amor perfeito.

 

A senhora viu a Luz sim,

Flamejando no fundo

Do mais fundo poço,

E teve amor profundo

 

Por este cara louco,

Que poderia lhe dar

Muita dor de cabeça,

Mas conseguiu trocar

 

A minha loucura sim,

Pela Inteligência e Saber.

Por isso é motivo sim,

Pra gente agradecer

 

Ao Senhor nosso Deus

Em nome de Jesus,

Pois se não fosse Ele,

Ninguém viria a luz

 

No fundo daquele poço

Onde eu passei sim

Alguns tristes anos,

A senhora deu pra mim

 

Sua terna e carinhosa

Mão calejada, por ser

Uma Mulher do sertão

E luta para sobreviver.

 

Mário Querino – Poeta de Deus


Mário Querino 

 

 

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