Hoje, domingo, a tarde
Está quente, Primavera
Que nos dá bom viver
E também uma espera
De um segundo dia
Da presente semana
Abrolhar com fulgor,
O Senhor Deus manda
O Natural nos deleitar.
Como a tarde é quente
E os animais têm sim,
Confiança na gente,
Neste dia de domingo
Nos surgiu um amigo
Sim, amigo do Homem,
A procura de abrigo.
É óbvio, sem dúvida,
Ficou feliz na Chácara
Santa Maria, e passou
Um tempo com graça.
Pois deixamo-lo ditoso
E deitado no alpendre
Da nossa singela casa
Onde a gente pretende
Receber bons amigos.
Hoje, um cão chegou
E ficou feliz conosco,
É claro, ele participou
De algo para comer,
D. Marisa põe sim,
Comida e tem água
Do poço. Então, a fim
De fazer o bem que
Deus nos determina,
Recebemos animais
Como Criação divina.
Como eu, quando fui
À cidade de São Paulo,
Fugido de Bananeiras,
E lá com pés de calos
Por andar pelas ruas,
Descalço, teve alguém
Para me acolher sim,
Eu e D. Marisa também
Abrigamos animais, aves,
Répteis (menos cobra),
Insetos (menos barbeiro),
Vegetais, (que se poda),
E ainda acolhemos sim,
Gente de boa intenção
Que vem nos abençoar,
E não, trazer confusão.
Por isso este cão está
Bem contente da vida,
Na Casa de Campo
De Mário e D. Marisa.
Alguém pode indagar:
“Por que não a cobra?”
Porque pode deixar
D. Marisa viúva nova.
Alguém pode indagar:
“Por que barbeiro não?”
Porque pode deixar
Doente meu coração.
Mário Querino – Poeta de Deus
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