Alguém inquiriu sim:
“O que é perdão”
É a gente permitir
Que o nosso irmão
Se achegue à gente.
Perdoar é a união
De arrependimento
Já vindo do coração,
É também sacrifício.
Só há perdão na vida
Se uma das partes
Estiver arrependida
E a outra realmente
Disposta a sentir sim,
A misericórdia. Ora,
Se não sentir é ruim,
Pois quem perdoa
Deve se sentir bem,
Se o ressentimento
Continuar também
Dentro do coração,
Isso dá a entender
Que alguém não foi
Bom para com você.
Perdoar é um desafio
Somente em Jesus
Descobrimos a forma
De vermos essa luz
Que nos brilha sim,
A ponto dos pecados
Que já cometemos
Sejam sim perdoados.
Portanto, só em Jesus
Podemos se instruir
Lealmente a receber
E dar o perdão. Aqui
Neste amplo planeta
Intitulado Terra,
Mormente no Distrito,
Meu bom pé de serra
Onde eu nasci, cresci
E sigo feliz com a vida
Ao lado desta Mulher
Intitulada D. Marisa,
Devo dar o perdão,
Ainda que a pessoa
Não se sinta capaz
De perdoar na boa.
Alguém pode inquirir:
“Contudo, é obrigado
Voltar a sua amizade
Após ser perdoado?”
Ora, não é obrigado,
Ser o mesmo amigo,
Por não ser fácil não,
Pois o coração ferido
Pelo câncer, jamais
Podemos esperar
Coisas boas da parte
Dele. Mas ao perdoar,
A coisa já fica melhor
E pode amenizar sim,
O câncer que pode
Fazer doer até o fim.
Quando digo câncer,
Menciono ao rancor,
Pois onde ele existe
Não notamos o amor,
Pois cada qual tem
O seu caminho aqui
No planeta Terra
Onde nasci, cresci
E vivo sim contente
Com a minha vida
Ao lado da amada
E Companheira
Titulada D. Marisa.
Então é melhor não
Perder uma amizade
Que temos na Terra
Desde a mocidade.
Pois quando quebra
O elo, ainda que volte
A emendar, não terá
A mesma fé. É sorte
De gente que aufira
A graça e dê graça
A quem com ódio
Já lhe deu um tapa.
Mesmo perdoando
E auferindo perdão,
Carrega na memória
E ainda no coração
A lembrança do tapa,
Ainda, seja passado.
Por que carregamos,
Se fomos perdoados
Ou já demos perdão?
Só para servir na vida
De exemplo e espelho,
Que já fale D. Marisa
Por me suportar sim,
Já quase 40 anos
Com minha loucura
No cantinho baiano
Titulado Bananeiras,
Lugar onde nasci,
Cresci e vivo entre
Altos e baixos aqui
Com esta boa Mulher
Que encontrei sim
Na minha mocidade,
Para tê-la até o fim.
Então, perdoar não
Quer dizer, ficar sim,
Abraçando, beijando
E andando até o fim
No mesmo caminho,
E sim, é tirar o rancor
Do fundo do coração,
E preencher de amor
A lacuna que o ódio
Deixou aberta sim.
Então já me perdoe,
Ainda longe de mim.
Que eu já te perdoei
E preenchi de amor
Todas as lacunas sim,
Que o ódio já deixou.
Mas, porém, contudo,
Não estou livre não,
De ofender de novo,
Pois vem a tentação,
E às vezes não tenho
Vigiado e nem orado.
Daí eu até possa cair
Na lábia do tal Diabo.
Todavia, estou para
Receber e dar perdão.
Não custa nada fazer
Esse bem aos irmãos.
Mário Querino – Poeta de Deus
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