É domingo, e fui fazer
Trabalho voluntário,
Claro, como Pedreiro,
Por ser necessário.
Então, eu não queria
Glosar em Bananeiras,
Porém, quando eu vi
Na Estrada a sujeira,
Um verme coçou sim
A minha língua,
A ponto de eu perder
O controle, e ainda
Ficar decepcionado
Com essa gente sim,
Que não tem noção
Do que faz, o ruim
Sim, para si mesmo,
E para os outros.
Ora, eu sou um cara
Muito, muito louco.
Mas ainda tenho sim,
Acuidade no Distrito,
A ponto de não jogar
Essa imundícia (lixo)
Na beira da Estrada
Onde muita gente
Passa fazendo sim,
Passeata contente.
Ora, eu passo o dia
No cabo duma foice,
Roçando sim a beira
Da trilha, até de noite
Procuro deixar sim,
Esta Estrada limpa
E também iluminada.
O povo já pressinta
O tamanho da falta
De educação e saber.
Agora, eu pergunto
Ao povo e a você
Que jogou este lixo:
O Prefeito, Vereador
E Fiscal, têm culpa?
Objetem por favor.
Na minha concepção,
Não há necessidade,
Ninguém jogar lixo
Fora da localidade.
Porque o caminhão
Passa duas vezes sim,
Por todas as ruas.
Então, objetem a mim,
Se tem necessidade
De gente praticar isso
Na beira da trilha que
Eu roço por capricho.
E o pior de tudo isso
É, quando chover,
A aguaça leva tudo
E todo mundo vai ver
Espalhado nas ruas
Do nosso bom Distrito
Titulado Bananeiras.
Ora, até Jesus Cristo,
Se passasse hoje por
Aqui, Ele diria assim:
“Que povo imundo é
Esse! É muito ruim,
Fazer esta tal sujeira
Na trilha que há luz,
E muita gente faz
Caminhada.” Jesus
Ainda não passou
Por esta Estrada não,
Mas Ele inspira bem
O meu terno coração,
Para eu descrever sim,
Esta frase nua e crua:
“Nem criança de Creche
Forma um lixão na rua
Ou numa Estrada não.
Quem já tem jogado
Este lixo na Estrada
Merece o Certificado
De Doutor da Sujeira.
E se for Doutor disso,
Está em lugar errado,
O seu lugar é no lixo.
Não deve morar onde
Tem gente educada,
Que faz boa limpeza
Onde fazem passeata.
Mário Querino – Poeta de Deus
“Quem gosta de dar
alegria aos outros, consegue que os outros façam o que lhe dá alegria.” (São
João Bosco)
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