Hoje, eu tive a graça
De ter dor de barriga,
Mas na Chácara tem
Boldo, pôs D. Marisa
Na xícara para mim.
Daí tomei com fé,
Foi pro Inferno, acho
Que foi. Porque lá é
Lugar de coisas ruins,
Assim ouço Pregador
Dizer, pois nunca fui
Para saber. O Senhor
Jesus Cristo é quem
Sabe, pois Ele sabe
De tudo que há sim,
A nós, isso não cabe
Sabermos, enquanto
Houver vidas na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Só sei dizer que a dor,
Se foi, para o Inferno,
Porque é o lugar dala.
Quero ver meu terno
Corpo sem essa dor
Que já me veio como
Intrusa, me achando
Alguém sem dono.
E quando D. Marisa
Chegou feliz do labor,
Me viu com cara feia,
Então me perguntou:
“O que está incidindo
Agora na sua vida?”
Daí então, eu objetei:
A tal dor de barriga
Veio como enxerida
E me deixou doido.
Daí a D. Marisa, logo
Foi ao pé de boldo,
Extraiu umas folhas,
Fez picadinho com fé
E após botou na água.
Foi meu remédio, é
Meu remédio e será
Meu remédio. Boldo
É uma planta sagrada,
E serve para todos
Que têm essa tal dor
Que só bloqueia a lida
Que devemos encarar.
O que fez a D. Marisa
Preparar um boldo
Pro cara que sentiu
A dor disfarçada vir
No cantinho do Brasil
Intitulado Pindobaçu,
Sobretudo no Distrito,
De Bananeiras, meu
Recanto onde eu fico
Ao lado desta Mulher
Intitulada D. Marisa,
Que me deu boldo
E fez a dor de barriga
Regressar pro Inferno
Ou pro lugar de onde
Ela veio. Em mim essa
Dor jamais se esconde.
Pois quando ela vem
Atingir minha barriga,
Prepara logo o boldo
Meu amor, D. Marisa.
A planta não cura não,
Mas faz milagre sim,
Por isso a D. Marisa
Deu boldo para mim.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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