Quando nos abafamos
Nas coisas modernas,
As coisas passadas vão
Perdendo as pernas,
A ponto de não irem
A mais nenhum lugar.
Pois tudo que se faz,
Com amor, edificará.
Porque somente a fé
Nos vai fazer subir
Montes e montanhas
Enquanto podemos ir
Ao encontro da graça
Através da nossa fé.
Ora, não foi à-toa não,
Que Jesus de Nazaré
Subia os montes sim,
Para se concentrar
No diálogo com o Pai
Que sempre está
Pronto para nos ouvir
E também atender
Aquele que ora sim
A fim dum bom viver.
Então faz muito bem
A oração no monte.
Pois de lá a gente vê
Sim, nosso horizonte.
É óbvio, em Pindobaçu
Tem uma boa Capela
Onde o povo vai fazer
Sua devoção nela,
Sobretudo na Semana
Santa, tempo de fazer
Penitência. Isso já faz
Parte do nosso viver
Aqui no vasto planeta
Intitulado Terra,
Mormente no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Intitulado Bananeiras,
Onde também tem
Um monte, que gente
Ainda vai também,
É claro, raramente,
Porém, não deixam
De ir lhe contemplar,
Não sei se as queixas
São reveladas por lá,
Pois há difícil acesso.
Mas quero dizer que,
O monte de sucesso
No tempo moderno,
Não é mais a serra,
E sim, um lugar fora
Ou isolado na terra
Onde não vai ser não,
Interrompido por
Alguém que não quer
Por fé orar ao Senhor.
Pois uma oração que
É feita no isolamento,
Realmente, concentra
Sim, os pensamentos
Que são votados sim
Ao Senhor nosso Deus.
Por isso os antigos iam
Aos montes, eram seus
Direitos e deveres.
Mas hoje em dia, não
Vemos mais isso aqui,
Pois esta civilização
Requer que o recinto
Seja suntuoso com luz
Artificial a fim de ter
Alto som para Jesus
Ouvir bem a sua voz,
Pois acham que Jesus
É surdo, e sua oração
Deve ser alta. Eu pus
Na minha mente sim,
Que o Jesus de ontem,
De hoje e de sempre,
Que seja nos montes
Ou em qualquer lugar,
Ele ouve a minha voz,
Ainda que eu esteja
Caladinho entre vós.
Então, na minha ideia,
Não há outro monte
Mais difícil de se subir
Do que ver o horizonte
Com olhar de tristeza.
Pois é tanto desamor,
Tanta gente usando
O nome do Senhor,
A fim de ficar na boa,
Ou melhor, viver rico
Na ostentação que,
Montes do Município
Ou de outro lugar
Que existe na terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra,
Não servem mais não,
Para serem visitados
Por esse povo que já
Visa ar-condicionado,
Luz que produza força
Para mover som
Com toda sua altura,
Isso é muito bom,
Pois de casa eu ouço,
A Palavra de Deus.
Não preciso nem ir
Visitar o Templo seu.
Nem também monte
Que deveria ser lugar
De concentração,
Para com fé dialogar
Com o nosso Senhor
Criador dos céus,
Da terra e de tudo
Que neles há. Ao léu
Hoje estou vivendo
Pois não me identifico
Com a modernidade
Que já vive o Distrito
Intitulado Bananeiras,
Onde eu nasci, cresci
E vido ditoso ao lado
Da Varoa que conheci
Na minha mocidade.
Então, há um monte
Difícil de se subir, que
É ter Varoa de ontem
Na sua vida moderna.
Ora, nem aqui e nem
Lá, se não tiver a fé,
Até em Jerusalém
Não terá não, sentido
Diante de Deus Pai.
Encaramos montes
Aonde a gente vai...
Mário Querino – Poeta de Deus
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