segunda-feira, 4 de abril de 2022

QUAL DIFERENÇA ENTRE MONTE DA LINGUAGEM ANTIGA DA DE HOJE EM DIA?

 


 

Mário Querino 04/04/2022

Quando nos abafamos

Nas coisas modernas,

As coisas passadas vão

Perdendo as pernas,

 

A ponto de não irem

A mais nenhum lugar.

Pois tudo que se faz,

Com amor, edificará.

 

Porque somente a fé

Nos vai fazer subir

Montes e montanhas

Enquanto podemos ir

 

Ao encontro da graça

Através da nossa fé.

Ora, não foi à-toa não,

Que Jesus de Nazaré

 

Subia os montes sim,

Para se concentrar

No diálogo com o Pai

Que sempre está

 

Pronto para nos ouvir

E também atender

Aquele que ora sim

A fim dum bom viver.

 

Então faz muito bem

A oração no monte.

Pois de lá a gente vê

Sim, nosso horizonte.

 

É óbvio, em Pindobaçu

Tem uma boa Capela

Onde o povo vai fazer

Sua devoção nela,

 

Sobretudo na Semana

Santa, tempo de fazer

Penitência. Isso já faz

Parte do nosso viver

 

Aqui no vasto planeta

Intitulado Terra,

Mormente no Distrito,

Meu bom pé de serra.

 

Intitulado Bananeiras,

Onde também tem

Um monte, que gente

Ainda vai também,

 

É claro, raramente,

Porém, não deixam

De ir lhe contemplar,

Não sei se as queixas

 

São reveladas por lá,

Pois há difícil acesso.

Mas quero dizer que,

O monte de sucesso

 

No tempo moderno,

Não é mais a serra,

E sim, um lugar fora

Ou isolado na terra

 

Onde não vai ser não,

Interrompido por

Alguém que não quer

Por fé orar ao Senhor.

 

Pois uma oração que

É feita no isolamento,

Realmente, concentra

Sim, os pensamentos

 

Que são votados sim

Ao Senhor nosso Deus.

Por isso os antigos iam

Aos montes, eram seus

 

Direitos e deveres.

Mas hoje em dia, não

Vemos mais isso aqui,

Pois esta civilização

 

Requer que o recinto

Seja suntuoso com luz

Artificial a fim de ter

Alto som para Jesus

 

 

Ouvir bem a sua voz,

Pois acham que Jesus

É surdo, e sua oração

Deve ser alta. Eu pus

 

Na minha mente sim,

Que o Jesus de ontem,

De hoje e de sempre,

Que seja nos montes

 

Ou em qualquer lugar,

Ele ouve a minha voz,

Ainda que eu esteja

Caladinho entre vós.

 

Então, na minha ideia,

Não há outro monte

Mais difícil de se subir

Do que ver o horizonte

 

Com olhar de tristeza.

Pois é tanto desamor,

Tanta gente usando  

O nome do Senhor,

 

A fim de ficar na boa,

Ou melhor, viver rico

Na ostentação que,

Montes do Município

 

Ou de outro lugar

Que existe na terra,

Sobretudo no Distrito,

Meu bom pé de serra,

 

Não servem mais não,

Para serem visitados

Por esse povo que já

Visa ar-condicionado,

 

Luz que produza força

Para mover som

Com toda sua altura,

Isso é muito bom,

 

Pois de casa eu ouço,

A Palavra de Deus.

Não preciso nem ir

Visitar o Templo seu.

 

Nem também monte

Que deveria ser lugar

De concentração,

Para com fé dialogar

 

Com o nosso Senhor

Criador dos céus,

Da terra e de tudo

Que neles há. Ao léu

 

Hoje estou vivendo

Pois não me identifico

Com a modernidade

Que já vive o Distrito

 

Intitulado Bananeiras,

Onde eu nasci, cresci

E vido ditoso ao lado

Da Varoa que conheci

 

Na minha mocidade.

Então, há um monte

Difícil de se subir, que

É ter Varoa de ontem

 

Na sua vida moderna.

Ora, nem aqui e nem

Lá, se não tiver a fé,

Até em Jerusalém

 

Não terá não, sentido

Diante de Deus Pai.

Encaramos montes

Aonde a gente vai...

 

Mário Querino – Poeta de Deus

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