domingo, 24 de dezembro de 2023

COMO REAGIR CONTRA ALGUÉM SEM FERIR? USANDO A INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

 


 

Mário Querino 24/12/2023

Ontem, após as 22

Horas, eu me deitei

Na boa, e do nada

No sono eu peguei

 

E comecei a sonhar:

Havia um senhor

Num determinado

Lugar, e com labor

 

Construiu uma casa,

E nessa casa tinha

Um quartinho sim,

Que sempre vinha

 

Repleto de objetos,

É óbvio, sem alto  

Valor, mas era dele,

Nesse bom espaço.

 

Daí então, um cara

Começou a mexer

Sem sua permissão,

O que o dono fazer?

 

Como o senhor era

Uma pessoa crente

Na Palavra de Deus,

Usou bem a mente

 

Pra ele não ferir não,

Aquele irmão fora

Da Lei. O que ele fez?

Já vou contar agora,

 

Para todo mundo ver

Como a inteligência

E a sabedoria agem

Com boa experiência.

 

Esse senhor fez algo

Que marcou o cara

De maneira inegável,

É uma intuição rara

 

Neste vasto Planeta

Intitulado Terra,

Sobretudo no meu

Querido pé de serra

 

Onde nasci, cresci

E vivo sonhando sim

Ao lado de D. Marisa,

Mulher que pra mim

 

É uma companheira

Sábia e inteligente,

E com amor edifica

A sua casa contente.

 

Ora, esse senhor viu

Que não dava jeito

Nos casos de roubo,

Contudo, insatisfeito,

 

Usou a inteligência

E sabedoria na boa.

O que ele fez então,

Para pegar a pessoa

 

Que estava mexendo

No pequeno quarto,

Onde ele guardava

As coisas? Ora, acho

 

Que ele fez algo bom,

Sem precisar ferir

O seu próximo, pois

Todos somos aqui

 

Irmãos, mesmo com  

Costume oposto,

Que muitas vezes só

Traz sim o desgosto.

 

Então, esse senhor

Fez uma armadilha

Muito interessante,

Pegou uma vasilha

 

Encheu de tinta boa,

Claro, tinta que não

Larga com dois jeito,

E pôs sobre o portão,

 

Colocou uma tábua

No chão presa sim,

Por um forte cordão

E tintim por tintim,

 

Ele amarrou na lata

De forma camuflada,

Para quando o cara

Pisasse nessa tábua

 

Virasse a lata de tinta

Sobre a cabeça dele.

Daí com pretensão

Quis reconhecer ele,

 

O irmão que estava

Mexendo no quarto

Onde o senhor tinha

Suas coisas, de fato.

 

Passou uma noite

E um dia, e ele não

Apareceu, o senhor

Deixou a armação

 

Ativa, pra conhecer

O irmão que mexia

Em seu quartinho.

O senhor já dormia

 

Com sentido de ver

O cara todo pintado.

Daí então o cara foi

Mexer sim animado,

 

Mas quando chegou

No portão do quarto

E pisou nessa tábua,

O cordão, de fato,

 

Puxou a boca da lata,

A ponto dela virar

E a porção de tinta

Sobre ele derramar.

 

Ora, o cara ficou sim

Ensopado de tinta

Que não saia com

Dois jeito. Daí pinta

 

Aquele cara na rua

Todo pintado sim,

E um lhe indagava:

“Por que está assim?”

 

Outros lhe diziam:

“Cara, como incidiu

Tudo isso com você?

Ora, parece que caiu

 

Num poço de tinta?”

Daí então o senhor

Que fez a armadilha,

Muito triste ficou,

 

Porque esse cara

Era seu bom vizinho.

Daí o senhor parou

E pensou sozinho:

 

“Por que ele não veio

Pedir o que carecia

Na sua casa? Isso só

Tira a minha alegria,

 

Eu posso dar algo

Que tem no quarto,

Guardei lá para eu

Não jogar no mato.

 

Não esperava isso

Acontecer com ele,

Pois eu gosto tanto

De ficar perto dele,

 

Obviamente, falando

Sobre isso e aquilo,

Achava que ele fosse

Um cara tranquilo.

 

Agora, essa tinta vai

Ficar no seu corpo

Muito tempo, mas

Não era meu gosto

 

De ver meu vizinho

Desse jeito, agora,

Nada posso fazer,

Vai ficar manchada

 

Sua cara por muito

Tempo, a tinta é

Muito boa e não

Sairá com qualquer

 

Coisa.” Ora, eu fico

Sentido na Terra

Mormente no meu

Amado pé de serra

 

Titulado Bananeiras,

Onde nasci, cresci

E vivo com a Mulher

Sim, que eu conheci

 

Na minha mocidade,

E essa Mulher lida

Sempre ao meu lado,

A mulher é D. Marisa,

 

Que enquanto sonho,

Ela dorme sossegada,

Até amanhecer o dia

Para cuidar da casa.

 

Mário Querino – Poeta de Deus

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