Ora, às vezes temos
Pensamentos fora
Da normalidade sim,
E o que farei agora,
Para eu não pensar
Contra a vontade
Do Senhor Jesus
Cristo. Em verdade,
Em verdade eu vivo
Aqui somente por
Viver. Por que vive
Assim? Ora, o Amor
Fala bem mais alto,
E se eu tentar vida
Diferente da minha,
É claro, a D. Marisa
Vai achar estranho,
E isso não será não,
Procedimento certo
Neste meu sertão,
Onde desde criança
O meu porte é sim,
Controlado, e não
Seria lícito pra mim,
Mudar depois que
Eu fiquei velho aqui.
Então, às vezes eu
Digo: Por que nasci,
Cresci e vivo assim
No Planeta Terra,
Mormente neste
Amado pé de serra?
Qual resposta que
Me vem? É só essa:
“Está achando ruim
A sua vida, ó Poeta?
É só mudar de lugar.”
Quando redarguo
Fazendo o inquire,
Realmente animado,
O meu coração só
Pensa no Céu sim.
Mas volto a pensar,
No melhor pra mim,
E entendo que, pra
Ir morar no Céu é
Preciso eu morrer,
Morrer quem quer?
Então, procuro ser
Forte e corajoso
Para encarar tudo
Isso entre o povo.
Por que se o Céu
Fosse lugar já visto
Por alguém como
Um ambiente rico,
Sem nenhuma dor,
Lugar que a gente
Ame uma Mulher
Sábia e inteligente,
Como é D. Marisa,
Eu queria ir agora,
Mas não sabendo
De nada, outra hora
Para eu ir, acho sim,
Melhor nesta vida
Que me leva aqui
Com a D. Marisa.
Mas quem quiser ir,
Eu não estou não,
Com a chave do Céu,
Vá com satisfação,
Não aconselho que
Vá ou que deixe
De ir, pois se lá não
Entrar não se queixe
De mim, porque
Eu deixo você sim,
À vontade. Quer ir?
Seja feliz até o fim.
No meu bom dia,
Mesmo sem querer,
Eu irei me encontrar
Lá no Céu com você.
Agora, eu pergunto?
Você quer ir mesmo
Para o Céu? Já sabe
Bem qual o segredo
Para você chegar lá?
Ora, tenho convicção
Que, quando souber,
Não vai quer ir não.
Pois vai passar sim,
Por um vil processo
Que a sua coragem
Lhe deixará disperso.
Quer saber a trilha
Que leva ao Céu?
Agora eu vou dizer
Tirando o chapéu:
Primeiro você deve
Morrer nesta Terra,
Sobretudo no meu
Querido pé de serra
Titulado Bananeiras,
Onde nasci, cresci
E não quero morrer.
Ora, eu não pedi
Pra nascer na Terra,
E não sou besta
Para pedir a morte
E deixar o Planeta
Onde sou cônscio
De tudo na vida
Ao lado da Mulher
Titulada D. Marisa.
É claro, um dia eu
Morrerei, mas sem
Vontade, ainda com
A espera que têm
A alma e o espírito
De um dia partirem
Para a eternidade
E alegria sentirem.
Mas sinceramente,
Por mais que seja
Grande essa alegria,
A terra sertaneja
Para mim é melhor,
Pois para ir pro Céu
Eu preciso morrer.
Mas tiro o chapéu
Para quem já tem
A coragem de subir
Ou descer pro Céu,
E me deixe aqui
Neste vasto Planeta
Intitulado Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra
Titulado Bananeiras,
Onde nasci, cresci
E vivo com D. Marisa,
Se já quer ir, pode ir.
Mário Querino – Poeta de Deus
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