Poeta Mário Querino 12/09/2014 |
Havia um fazendeiro
Rico num povoado,
Era o tempo inteiro
Por todos respeitado.
O povo fazia o certo,
Respeitar as pessoas.
O respeito era sucesso
Por ter a riqueza boa.
Esse fazendeiro criava
Um bobo para alegrar.
O bobo se disfarçava
Para ninguém explorar.
Certo dia o fazendeiro
Ficou muito doente,
O bobo o tempo inteiro
Vivia feliz e contente.
Daí o bobo perguntou:
“Estás bem preparado?”
O fazendeiro falou:
“Por que tens indagado?
Preparado pra que bobo?”
O bobo disse: “Pra onde
vai
Todo este nosso povo
Que esse destino atrai.”
Mas o fazendeiro achava
Que ele falava besteira.
Por isso não acreditava
E ouvia a vida inteira:
“Estás bem preparado?”
Já pensava o seu Senhor:
“Por que tem indagado,
Se preparado já estou?”
O bobo disse: “Bobo sou,
Mas estou bem ciente
Para onde eu vou,
O senhor tão inteligente
E ainda não sabe, Senhor?”
O fazendeiro caiu na real
E a sua família convidou
Para falar o essencial.
E tudo isso pôde falar:
“Meus amados parentes,
Já estou a me mudar
E mostrarei a esta gente
O que ninguém mostrou.
Façam 2 furos no caixão
Para quando eu for
Possa mostrar as mãos,
E todo mundo observar
Que eu não trouxe nada
E nada eu vou levar,
A riqueza será deixada.
Coloquem minhas mãos
Por esses buracos sim
Que terá o meu caixão,
Todos verão o meu fim
E o conhecimento disso:
Sempre enganei irmãos
Para ficar assim tão rico,
Meu destino é pobretão.”
Mário Querino – Poeta de
Deus
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