Poeta Mário Querino 20/09/2014 |
Estudando e refletindo
O que vejo e ouço bem,
Passo horas sentindo,
E todos sentem também.
A não ser os modernos
Que acham que podem,
Têm ouvidos eternos
E acham que não dar bode.
Daí chegam com carro
Na hora de uma novela,
De assistir jornal, claro,
E de estar numa capela.
Ligam o mais alto som
Que as coisas em casa
Ficam vibrando, seria bom
Se não sentíssemos nada.
Mas dói a nossa cabeça
E não podemos falar,
Pois é coisa do Planeta,
Se dane se não aguentar.
Essa é a ideia moderna
Que temos que engolir.
Espero que na vida eterna
Nada disso eu vou ouvir.
O que deixa encafifado
É uma coisa que anoto:
Se há um Culto é falado:
“Esta zoada não suporto.”
Mas aguenta caladinhos
Batuques fortes assim,
Que agastam os vizinhos
Que são iguais a mim.
Mas o que posso fazer?
Além de ser velho, careta.
A juventude tem o poder
E manda neste Planeta.
Quando forem embora
A gente vai na Farmácia,
Até mesmo fora de hora,
Usa tópico e a dor passa.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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