Mário Querino - Poeta de Deus 06/09/2014 |
Quando eu era adolescente
Não pensava na vetustade,
Tudo podia fazer contente,
E em nada tinha
dificuldade.
Então o tempo foi passando
E eu sem refletir tudo isso.
A minha idade foi chegando
E agora paro, penso e
reflito.
Agora já faço uma
avaliação,
Vejo que estou bem abatido,
Vivo arrastando pês no
chão
E me lembro o tempo antigo.
Quando eu era adolescente
Me parecia que a vida
ficava
Sempre boa e alegremente,
E que a velhice não
chegava.
Eu estudava, trabalhava,
fiz
Muitas artes e sem
refletir
Que a velhice que o povo
diz
Viesse de repente me
atingir.
Hoje tudo dói no meu
corpo,
Eu já faço as coisas
cansado,
Não estou vivendo disposto
E tudo que faço é
acanhado.
Por isso o Senhor sempre
diz:
“Lembre-se do seu Criador,
Nos dias da mocidade.” Fiz
De conta que ouvir. Hoje sou
Um velho cansado e assim
Sem vontade de fazer nada.
Tudo era prazer para mim,
Agora as obras já realizadas
Já perderam o seu sentido,
Não como mais com gosto,
Vivo sem ledice e
pensativo,
E as rugas invadem o
rosto.
Meus cabelos estão brancos,
A minha visão já embaçada,
Os ouvidos não ouvem tanto
E o nariz cheira quase nada.
Meu Deus, por que não quis
Viver a vida desta maneira?
Por que tive juventude no
país
Idealizando tantas
besteiras?
Mário Querino – Poeta de
Deus
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