Poeta Mário Querino 05/05/2015 |
Alguém estava clamando
Por falta de bom dinheiro,
O bom amigo foi falando
E oferecendo o dia
inteiro:
“Quer tomar emprestado,
Cobro a metade do juro?”
Alguém não ficou animado
E disse: “Se eu já procuro
É porque não o tenho,
Eu vou tomar emprestado?
Sempre na vida venho
Passando muito apertado.
Se não posso pagar o fiado,
Eu vou ter para devolver
Seu dinheiro emprestado
E ainda dar juros a você?”
O amigo meneou a cabeça
E comentou bem assim:
“É verdade, uma certa
feita
Alguém solicitou a mim
E foi difícil para
devolver,
Tomei um grande prejuízo.
Não acontecerá com você,
Você é meu grande amigo.”
Então alguém comentou:
“Enquanto não lhe dever,
Um grande amigo eu sou,
Ao contrário, vou perder.
E de fato, ficaria preso sim
Até a pessoa compassiva
Tivesse clemência de mim
E tomasse a minha dívida.”
O amigo ficou bem calado
E depois assim comentou:
“Esse alguém ficou irado
E a gente jamais se falou.”
Alguém disse: “É verdade,
A amizade dura, somente
Enquanto a prosperidade
Fica com amigos e a gente.”
Nesse conversa apareceu
Alguém que era do jeito
Que quer o Senhor Deus,
E falou muito satisfeito:
“Eu tenho um bom amigo,
Um dia eu ia ser morto
E Ele disse compassivo:
“Esperem mais um pouco,
Ouçam o que eu vou dizer:
Liberem esse meu amigo,
No lugar dele vou morrer,
Eu assumirei o seu
castigo!”
E na verdade Ele assumiu,
E eu fiquei livre do
castigo,
Este amigo nunca desistiu,
Me acode, quando preciso.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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