Poeta Mário Querino 18/05/2016 |
Havia num pequeno Distrito
Um moço considerado bobo,
Problema de saúde crítico
Perante todo aquele povo.
Havia também ali um jovem
Que caçoava muito do bobo,
Porque se considerava nobre
E possuía uma vida de gozo.
Esse jovem muito criticava
O bobo quando ele o via.
Quando o bobo ali passava
O jovem sábio e nobre dizia:
“Ei doido! Para onde tu vais?
Volta maluco, vá não, louco!”
O bobo seguia calado em paz.
Um dia o sábio cheio de gosto
Montou numa bonita moto,
E partiu cheio de vida.
Contudo, agora eu já posso
Descrever a sua despedida.
Daí então o bobo foi a casa
Do sábio que tinha morrido
Lá tinha gente que chorava,
O bobo abrindo um sorriso
E falando contente assim:
“Não era tão sabido e forte?
Não caçoava muito de mim?
Por que não driblou a morte?
Sou bobo, doido, louco e maluco,
Como você me considerava.
Agora você já vai ao sepulcro
E eu estou aqui dando risada.”
Mário Querino – Poeta de Deus
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