Poeta Mário Querino 31/08/2016 |
Havia uma boa entidade,
Todo mundo falava bem,
Era a melhor da cidade,
Contratempo, todas têm.
Um dia ela foi cedida sim
Para outro senhor.
Ora, tudo se tornou ruim,
Tudo de pé cabeça virou.
Daí sua fama cresceu sim,
Não para o lado bom,
Obviamente para o ruim.
Isso fez o povo içar som,
E a cidade queixa escutar
Que o patrão era mau,
E precisava melhorar
Para o bem do pessoal.
Na entidade tinha sim
Um ótimo funcionário,
Começou a falar assim:
“Faremos o necessário
Pra não cerrar a entidade,
Ficarmos desempregados
E passarmos necessidade.
Agora já somos obrigados
Fazer o nosso bom papel.
Pois estamos ganhando
O salário bom e normal,
Porém, tudo está ficando
Ruim por causa da gente.
Se o patrão estiver mau,
O servidor deve ser ciente
Pois seu salário é normal
Para fazer seu trabalho
Independente da posição.
Deve seguir seu atalho
Fazendo sua obrigação.
Caso, não receba salário,
Tem todo o direito
De fazer um comentário
E caçar o patrão do jeito.
Ao oposto, o empregado
Que lida e recebe certo,
Deve ter o bom grado,
E fazer tudo com sucesso.
Senão, está contra a Lei
E tendo dinheiro injusto.
Tudo isso já observei,
E vejo em órgão público
Que serve a população.
Devemos dar o melhor
Para que essa situação
Não fique cada dia pior.
Está recebendo certo?
Não cruze os braços,
Faça tudo com sucesso
E cuide de seu espeço.
Porque Deus vai ajudar
Em tudo que você fizer.
Mas também vai cobrar
Se em tudo usar de má fé.
E se o alguém que visa,
Não der certo ser patrão,
O que será de sua vida?
Claro, terá a frustração,
Dirá arrependido assim:
“Por que não fiz o melhor
Para o povo não ver ruim
E apontar que sou o pior?
Por que eu fiz tudo isso?
Por que fui tão ingrato?
Vou ter compromisso,
Ainda comendo no prato
De quem tanto eu odiei?
O que será de mim agora?
Não é o patrão que mirei,
O outro mandei embora!
Agora sobrou para mim,
Fico todo sem jeito,
Será que vou até ao fim,
Servindo tão insatisfeito?”
Mário Querino – Poeta de
Deus
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