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| Poeta Mário Querino 08/01/2017 |
Hoje eu estava no Templo
Da Assembleia de Deus,
No Distrito de Bananeiras
E a minha barriga doeu.
Daí eu fiquei aguentando
Ora, as tripas se mexendo
E eu querendo ouvir bem
O teor que estava sendo
Pregado nesta boa noite.
Mas veio um pensamento:
“Vai pra tua casa, ó irmão,
Senão terá excrementos
Descendo pela tua calça.”
Então eu peguei a Bíblia,
Saí acelerado do Templo,
Com uma dor na barriga.
O povo deve ter ficado
Perguntando esta razão,
De eu sair do Templo
Naquele inusitado rojão.
Ao chegar à minha casa
A porta estava fechada sim,
Lembrei-me duma chave
Que Maria deu para mim.
Então abri a porta rápido
É óbvio, todo sem graça,
Quando entrei no Toalete
Só deu tempo tirar a calça.
Notei a Palavra de Jesus
Quando um dia falou:
“São sepulcros caiados
Por fora, por dentro ficou
Tamanha podridão sim.”
Então isso me faz notar,
Que eu estava lustroso,
Veio à vontade de defecar,
Não teve outra maneira
De aguentar com graça.
Se eu não viesse embora
Claro, defecaria na calça.
Tem gente que quer ser
Melhor do que os outros,
Mas nesta inesperada hora,
Perde todo o seu gosto.
Mário Querino – Poeta de Deus
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