Hoje às 3 horas e 26
minutos
O Senhor Deus me acordou
Para eu fazer o meu Culto
Com júbilo, gozo, paz e
amor.
Ao entrar no meu
Escritório,
Um papel dobrado no chão,
Obviamente achei notório,
Mas não dei a boa atenção.
Após passar 1 hora de
joelho
Conversando com o Senhor,
Não quis deixar o papel
alheio,
Peguei-o e li com
esplendor.
Certamente eu li cantando,
Pois era uma poesia antiga
Que eu fiz no cantinho
baiano,
E a poesia encheu minha
vida
De saudades dos meus
irmãos.
Pois tem uma letra especial
E já publico neste sertão,
Novamente para este
pessoal:
Ainda me lembro
Quando eu era pequeno,
Minha mãe dividia o pão.
Botava no prato pra nós
E com sua terna voz
Chamava eu e meus irmãos.
Hoje por causa da ambição
Não se divide mais o pão
E muita gente passa fome.
O pão era escasso,
Mas só um pedaço
Saciava o homem.
Quando eu era rapaz,
Meu querido papai
Muitas vezes não podia
Comprar tanto pão
Pra mim e meus irmãos
Comermos todo dia.
Mas a gente se ajeitava
E com farinha passava,
Porque éramos muita gente.
Minha família é um
batalhão,
Somos onze irmãos,
Vivemos unidos e
contentes.
Agora tudo já mudou,
Meu pai idoso ficou
E minha mãe ainda quer
Dividir o pão com os
bisnetos
Que estão sempre pertos
Para tomar seu café.
Quando sentamos à mesa,
Temos a certeza
Que Deus vai abençoar.
O pão dá pra todo mundo,
Pois com amor profundo
Minha mãe vai partilhar.
Esta é uma realidade
Que a nossa Comunidade
Deve sempre ter.
E não pensar só na gente,
Mas dividir sempre
O pão na hora de comer.
A gente faz uma festa
Quando chega esta
Hora da refeição.
Pensa na pobreza
E queria todos à mesa
Para comerem deste pão.
Ao terminar de cantar,
Ainda com a voz rouca,
Isto me faz lembrar.
De muitas outras
Pessoas que já voltaram
Para morar com Deus.
Mas é justo, pois ficaram
No coração meu.
Mário Querino – Poeta de
Deus
Poeta Mário Querino |
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