Poeta Mário Querino 14/02/2017 |
A coisa está se afunilando
Neste cantinho amado.
Muita gente lamentando
E muitos estão animados
Porque o mundo oferece
Muitas coisas boas,
Aparentemente parecem,
Mas prejudicam pessoas.
Ninguém está dando
Conta de tudo isso,
Mas no cantinho baiano
Algo bizarro tenho visto.
Eu vejo que a Natureza
Tem sofrido bastante,
Porém, com certeza,
Agora reage constante.
O povo contemporâneo
Começa a se lamentar,
E solução não achando
Porque a Natureza está
Reagindo todo dia,
Todo dia há algo novo
E continua a correria,
Calma não tem o povo.
Mas chegará o tempo
De o povo ficar quieto,
Pois o contentamento
Virá no tempo certo.
Um dia o povo vai ver
Que não valeu a pena
Destruir por um prazer,
Isso só gerou problema.
Agora o povo já quer
Voltar ao passado,
Olhar a Natureza com fé,
Mas paga pelo errado.
Ainda que tenha sim
Um arrependimento,
O povo vai ao Rio Aipim
E ver o seu sofrimento.
Lembra-se o mal que fez,
Do fogo que pôs na serra,
Do desmatamento, talvez,
Que já fez nesta terra.
Recorda o lixo que jogou
No rio e nos riachos,
Vê o veneno que usou
E neles jogou os frascos
Ao terminar de aplicar
Na roça de tomate.
Lembra que ia defecar
Para ser um destaque
Quando o povo via
As fezes sobre a água,
Da mesma água bebia
Ditoso e dando risada.
Este Rio foi humilhado
Por que fazia o bem,
Ele era muito usado
Pra lixo e fezes também.
Hoje este rio se mudou
E já sentimos saudades,
Veio um e carregou,
Dividiu com as cidades
De Antônio Gonçalves,
Campo Formoso sim,
E tem água à vontade
Em Senhor do Bonfim.
Minha mãe já dizia:
“Quem cuida tem.”
Isso eu não entendia,
Agora já entendo bem.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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