Pesquisada no Google 01/02/2017 |
Estava dormindo e sonhei
Passando numa boa rua,
E de longe eu avistei
Numa das árvores suas
Um enxuzinho assanhado
A ponto de eu ver a casa
E todos voando ao lado
E ninguém ali passava.
Então um amigo pediu
Que eu destruísse sim,
O meu coração sentiu
Que isso seria algo ruim.
Mas o enxu tinha que sair
Para transitar este povo
Que queria descer e subir
Com regozijo e gozo.
Muitos ficaram notando
A casa do enxu na árvore
E os seus donos voando,
E ninguém com coragem
De passar nessa boa rua.
Daí um foi me dizendo
Essas palavras tão cruas:
“Joga neles um veneno.”
Então lhe repreendi bem:
Não. Isso não se faz,
Eles não picam ninguém,
Com o tempo eles saem.
Outro falou: “Bota fogo.”
Eu tornei a repreender:
Não. A culpa é do povo,
Eles querem se defender.
Depois de um tempo
Um entrou ali debaixo
Com bom pensamento,
Pôs a mão no sovaco
Levou a casa desse enxu
E os seus habitantes
Deixaram Pindobaçu
E foram ficar distantes.
Daí alguém comentou:
Que sovaco fedorento!
Nem esse enxu suportou.
Então falei: Foi o tempo
De eles irem se embora.
Daí a rua ficou aberta
Para passar até agora.
Assim sonhou o Poeta
E descreveu com júbilo
O que ficou na mente,
Claro, não contou tudo
Para o bem desta gente.
Mário Querino – Poeta de Deus
Poeta Mário Querino |
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