Poeta Mário Querino 13/02/2017 |
Fazer o bem a todos cabe,
Não importa a situação,
Não interessa se sabe,
Isso é índole do coração.
Ora, se alguém se acha
Que é mais “santo”,
Tem bem mais graça
De fazer outro tanto.
Se se achar miserável,
É óbvio, é perdoado,
Sua ajuda é dispensável
Por ser um necessitado.
Porém, se esse quiser
De uma forma especial,
Tem como usar a fé
E fazer o serviço braçal.
A minha mãe contava
Uma história assim,
Que muito me agradava
E lembrarei até ao fim:
“Um homem discutia
Sobre o amor de Deus.
Porém, ele muito bebia
E o “santo” amigo seu
Dizia que Deus odiava
O bêbado por ser mau.
Daí o bêbado apostava
Que Deus ama por igual.
O seu amigo religioso
Teimava que não,
Que Deus tem seu povo
Para prestar adoração.
Então fizeram a aposta.
Um dizia que o Senhor,
De bêbado não gosta,
O outro que Ele é amor,
Ama sem ver a situação.
Pois bem, um chamou
O seu pobre irmão,
Num poço fundo botou.
Seu pobre irmão gritava:
“Socorro, socorro...”
Por ali o padre passava,
Disse: “Se tentar morro.”
O seu irmão continuou:
“Socorro, socorro...
Tira-me daqui, por favor!”
O pastor viu e disse: “Morro
Se aí eu entrar, ó amigo.”
O pobre irmão gritava:
“Socorro, socorro...” Afligido
E já se desesperava.
Por fim passava por ali
Um bêbado. Ouviu e foi...
E ao vê-lo disse: “Você
aí?
Nem que morra os dois,
Mas vou lhe tirar amigo...”
E assim o bêbado fez
Papel de compadecido.”
Agora o que acha vocês?
Mário Querino – Poeta de
Deus
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