Poeta Mário Querino 19/01/2018 |
Já estamos vivendo sim
No tempo de tolerância
Religiosa, mas ainda há
Muita, muita ignorância.
Se eu sigo uma religião,
Exijo que todos de casa
Também sigam, ainda
A crença seja disfarçada.
Observando as ações
Dessas pessoas fanáticas,
Percebo que fazem parte
De algo de quem acham
Que têm uma vida má.
Por exemplo, ponho sim
Uma boa loja de roupa,
Encho tintim por tintim
De roupas modernas
Que a minha religião
Sempre vai condenar
Caso usar entre irmãos.
Mas se eu não puder
Usar por um respeito,
Por que venderei sim
A outros desse jeito?
O que eu não aceitar,
Claro, não devo usufruir,
Mas outros têm o gosto
E jamais eu devo proibir.
Pois vejo aqui na Terra
Uma intolerância sim
Da parte de religiosos
Que tintim por tintim
Desfrutam do melhor
E não aceitam outros
Usufruírem por causa
Desse fanatismo louco.
Qual é a família que há
Todos os membros fiéis?
No entanto, são ligados,
Ai se um lhes jogar os pés.
Penso que a ação vista
Demonstra a minha fé.
Se faço o bem, porque há
Amor, e Jesus de Nazaré
Disse aos seus discípulos:
“Porquanto, aquele que
Vos der de beber um
Copo de água... Porque
Sois de Cristo, em verdade
Vos digo que de modo
Algum perderá o seu
Galardão.” Ora, concordo
Com qualquer doutrina,
Mas não sou obrigado
Fazer o que líderes fazem,
Senão estaria condenado.
Minhas ações quem ver
É o olhar humano, claro,
O Senhor Deus também,
Mas a minha fé, declaro
Que somente o Senhor
Sabe se é muita ou pouca.
Se tenho ou não na Terra,
Essa intolerância louca.
Se todo mundo fosse sim,
Do meu jeitão sertanejo,
Não seriamos gente,
E sim, robôs com manejo,
Sem inteligência e saber,
E só faríamos uma coisa,
Claro, o que programasse,
Intolerância é ideai doida.
Deus fez o homem perfeito,
E deu livre arbitro.
Por isso a minha família
Segue seu gosto no Distrito.
Ciente das consequências,
Se fizer o bem, será feliz,
Se praticar transgressões
Se apresentará ao Juiz.
Mário Querino – Poeta de Deus
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