Poeta Mário Querino 16/01/2018 |
Ora, um senhor nobre
Possuía um carro
Que atraía a atenção,
Onde morava era raro
Carro tão igual assim.
Toda viagem que fazia
Era no seu bom carro,
Mas a ninguém servia.
Sua esposa não dava
Nenhuma satisfação
Ao lado de seu esposo
Nas estradas do sertão.
Ao avistar um cidadão
Içava os vidros escuros
Para o cidadão não pedir
Carona. Porém, o futuro
Não pertence a nenhum
Que ainda vive aqui.
Então o senhor nobre
Começou sim a sentir
Problemas de saúde
E foi sim se consultar.
Em primeiro lugar ouviu
Do Doutor: “Deves andar,
Ou fazeres caminhadas.”
Claro, o senhor nobre
Achou muito ruim
Ao andar como pobres
Pelas estradas do sertão.
Mas ele se acostumou
E deixou o bom carro
Nas mãos do servidor.
Como o empregado era
Mulherio e beberrão,
O carro só deu pra ele
Nas estradas do sertão.
A esposa se acomodou,
Não teve mais prazer,
Pois seu esposo estava
Com problema no viver,
Ora, problema de saúde
Que deixaria prostrado
Numa cadeira ou cama,
E seu bom carro parado
Defronte à porta de bar
A espera da boa vontade
De seu empregado
Que fruía com liberdade.
Esta é uma realidade
Das pessoas que têm
Posse de algo na Terra
E não consideram ninguém.
Se você atua deste jeito,
Pare, pense e diga:
“Miserável pessoa eu sou!
Não mando nem na vida
Que agora estou tendo.
Para que tanta soberba,
Se um câncer me destrói
Antes que eu lhe veja?”
Mário Querino – Poeta de Deus
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