Ontem a 0:00, caiu
Uma trovoada forte,
Foi muita água aqui,
Sou homem de sorte,
Pois Deus viu que já
Tinha chegado ao fim
Da água na cisterna,
E eu já achando ruim,
Fiz uma encanação
Muito dispendiosa
E com muito trabalho,
Que até minha sogra
Me ajudou comprar
Um cano para eu
Fazer uma bica sim.
E confiando em Deus,
Eu fiquei 4 semanas
Esperando a chuva.
Ora, meus filhos já
Tinham sim, dúvida,
Pois a nossa água
Já tinha chegado sim
No limite. Então, eles
Ouviam isto de mim:
Ó filhos, não fiquem
Preocupados aqui,
Porque já fizemos sim
A nossa parte, e senti
Que Deus só enviará
Uma chuva, quando
Não tiver mais jeito,
E ficarmos pensando
Em procurar um carro
Para trazer nossa água.
Ora, a Marisa dizia:
“As plantas já secadas,
Vão morrer desta vez.”
Mas eu lhe respondia:
Deus quem nos deu
A Chácara Santa Maria,
Por isso eu não ficarei
Preocupado, mas eu
Sempre apreciava sim
O Céu, e no rosto meu,
As lágrimas rolavam
E caíam no Chão sim,
Pois não podia exibir
Dúvida vindo de mim.
Passamos sim, 38 dias
Mendigando água,
Na Chácara Santa
Maria. Na madrugada
De hoje, segunda-feira,
A chuva caiu ditosa,
E se não estiver cheia
Nossa cisterna, a abra
Que eu fiz para levar
A Água do telhado
Da nossa singela casa
Até a cisterna, errado
Foi o nosso trabalho,
Porque caiu bastante
Água do Céu, glórias
A Deus, vivo cintilante.
É claro, não teve não,
Muitos trovões aqui
E nem relâmpagos
Fortes, porém, vi cair
Muita água, a ponto
Da Rua João Lopes
Ficar repleta d’água,
Isto não é ter sorte,
É trabalhar confiante
No Senhor Jesus,
Que, quando a gente
Pede, Ele nos conduz
Por caminhos ditosos.
Então, hoje dou glórias
Ao Senhor, por mais
Uma grande vitória.
Se não estiver cheia
A cisterna, a culpa é
Nossa, pois já choveu,
E Jesus de Nazaré
Ouviu o nosso clamor.
Eu penso que não só
A cisterna está cheia,
Mas o tanque ao redor
Que eu coloquei sim
Uma mangueira até
Ele. Hoje, eu irei lá,
Se o Senhor quiser.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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