Quando Deus nos olha
E vê o nosso ânimo
E a nossa boa vontade
Neste cantinho baiano,
Deus tem alacridade
E já começa a liberar
A bênção prometida,
E quem souber dar
Valor sim a produção
Do seu trabalho aqui,
A tendência é crescer
Sem apego. Hoje já vi
Que Deus é Pai bom,
Não faz acepção não,
Entre os seus filhos
Em qualquer situação.
Às vezes alguém acha
Que Deus dá para uns
E não liga para outros.
Ora, isso é sim comum,
E posso citar exemplos
Dentro da realidade:
Um homem tem dois
Filhos, e por bondade
Pega R$ 10.000,00, dá
Para o mais velho sim,
E pega R$ 10.000,00,
Dá ao mais novo, a fim
De vê-los bem ditosos
Na sua companhia.
O mais velho começa
A investir com alegria
A dádiva que seu pai
Deu com muito prazer,
E o mais novo compra
Um carro para viver
De cidade em cidade
Curtindo com “amigos
E amigas”. Mas como
O tempo é cruel, digo
Assim, porque já fui
Criança, adolescente,
Jovem e já estou velho,
Claro, mais experiente
Entre amigos e amigas,
E comento que eu não
Fui o cara desenfreado
No cantinho do sertão,
Contudo, nunca tinha
A boa oportunidade
Para prosperar na vida
Que leva à vontade
Qualquer pessoa que
Vive no planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
E por que eu não tive
Esta boa oportunidade
Na infância, adolescência,
Juventude ou mocidade?
Porque o meu amigo
Me perguntara assim:
“Queres ser feliz agora
Ou quando chegar o fim
Da tua vida na Terra?”
Ora, sem pensar duas
Vezes respondi ciente
Quando brincava na rua
Com todos eles felizes
(Pois criança sempre foi
Gente ditosa): Eu quero
Ser feliz só depois
Que a minha mocidade
Passar. Daí um falou:
“Se Deus não me der
Nada enquanto eu sou
Jovem, quando eu ser
Velho não agradeço.”
Porém o tempo é cruel
E passa com apreço
Ou sem apreço também.
Hoje, já estou sabendo
Que a mocidade se foi,
E a velhice nascendo
No meu corpo com fé,
Me faz recordar sim
As palavras do amigo
Que indagara pra mim
Tudo isso que agora
Aprecio com satisfação
E ainda com saudades
De muitos irmãos
Que a Morte os levou
Sem deixarem nada
Para os seus filhos
Nem para a sua amada.
Claro, ainda eu não
Tenho nenhum bem
De tanto valor na vida,
Todavia, nada me vem
Faltando pra tirar sim
A minha felicidade.
Basta a minha Família
Com sua integridade,
Isto é a maior riqueza
Que Deus por amor
A minha pessoa, dá
E nos enche de valor.
Então, é melhor o fim
Do que o começo,
Pois no início há flores,
Porém, no fim o preço
Sai muito alto pra vida
De paz, amor e virtude,
Onde não temos mais
Um corpo com saúde,
Com abraços, beijos
E nem com os amigos
Ao lado dia e noite.
Então, ditoso já vivo,
Ainda entre loucura,
E dores por todo lado,
Mas sou feliz por ser
Um cara abençoado
Por Deus nosso Senhor,
Com a Varoa Marisa,
Meus filhos, Alejandro
E Acaz, com as queridas
Noras, Vanessa e Lu,
Com o amado netinho
Brad, que regozija sim
O nosso bom caminho,
E com a querida Maya
Que está vindo à Terra
Para somar a felicidade
Neste bom pé de serra.
“Então, ele me disse:
A minha graça te basta,
Porque o poder se
aperfeiçoa
Na fraqueza...” O dia
passa
E a gente continua vivo,
É claro, se não morrer.
E assim Paulo continuou
Falando com prazer:
“De boa vontade, pois,
Mais me gloriarei
Nas fraquezas...” Ora,
Eu li e cauteloso notei
Para não me confundi
Uma coisa com a outra.
Paulo tinha a mente
Sabida e não louca.
Por isso ele continuou
Dizendo: “Para que
Sobre mim repouse
O poder de Cristo.” Ter
O poder de Jesus Cristo,
É o melhor bem na Terra
E no Céu, por isso amo
A vida no pé de serra,
Intitulado Bananeiras.
Não tenho algo valioso,
Para mostrar sucesso,
Mas sou um cara ditoso.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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