Hoje passei pela praça
E fiquei sim pensativo,
O Sol estava ardente
Neste Distrito querido.
Eu passei ligeiramente
Em direção da Chácara
Santa Maria, e quando
Lá eu cheguei, a graça
Ficou sem graça sim,
Porque o meu coração
Chorou de tristeza
Ao ver nossa plantação
Já com sede e murcha,
E eu esperando chuva
E a chuva não chegou.
Todo dia, sem dúvida,
O Céu fica sim bonito,
Dá a entender que vai
Cair uma boa trovoada,
Porém, logo se desfaz
E continuo a esperar
Por outra preparação.
E ver com muita ledice
A chuva cair no Chão,
Sobretudo no telhado
Da nossa singela casa
Que fica na Chácara
Santa Maria, mas nada
Acontece ainda aqui.
Agora, pergunto assim:
Onde pequei Senhor,
Para ficar longe de mim
Essa água que não vem
Nem mais me visitar?
Será que não mereço
Água neste meu lugar?
Por que mudou assim?
Por que agora eu sou
Um cara ruim na Terra?
Tens de mim Senhor,
Compaixão, reconheço
Que sou um pecador
Carente do teu perdão,
E sem graças não sou
Nada na vida terrestre.
Então, olhas para mim,
Sondas o meu coração,
E tiras o que for ruim.
Por isso eu fico aqui
Vendo o Céu nublado
E esperando a chuva,
Mas os meus pecados
Fazem com que eu
Fique na expectativa.
Por isso acho que não
Mereço nada na vida,
Por mais que eu cace
Um merecimento,
Me acham um cara
À-toa neste tempo
De tanto motivo para
Se alegrar. Ora, só em
Ver tudo com sede,
O sentimento me vem.
Mário Querino – Poeta de Deus
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