Eu, Mário Querino, fui
Analisar os fatos e vi
Que, as coisas andam
Completamente por si,
Crendo que o Homem
Não tem nenhuma fé,
Nem é possível o Deus
Que fez e faz qualquer
Coisa no vasto planeta
Intitulado Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra
Onde eu nasci, cresci
Sem ter visto no Brasil
Algo na ideia do povo,
Ideia assim tão imbecil.
Eu sou sim, um louco,
Mas eu entendo tudo
Que vem fazer eu lutar,
Embora, pouco estudo,
Mas dá para eu atingir
O reconhecimento que,
Lutei, contudo, eu perdi
E devo passar o poder
Para quem venceu sim.
Ora, um boêmio amava
Uma menina bonita,
Mas consigo não falava.
Daí a garota, sua paixão,
Gostou de outro cara
Que lhe dava carinho,
Ternura e atenção rara.
O boêmio só comentava
Que lhe amava tanto
Aos colegas e amigos,
Mas ela ficava no canto
Esperando por ele sim.
Com o passar do tempo,
A garota se decidiu unir
Com contentamento
Seu amor com o amor
De outro, mais feio e sim,
Mais pobre. Daí marcou
O casamento, e por fim
Foram à Igreja para selar
Essa União Conjugal.
Ali estavam convidados
E parentes, que legal,
Esse matrimônio nesse
Dia de amor e emoção!
Daí o boêmio foi olhar
E ficou com insatisfação
Ao ver sua paixão ali
Se unindo com o cara
Mais feio e mais pobre
Do que ele, coisa rara.
E por curiosidade, um
Dos amigos íntimos fez
Essa pergunta pra ele,
Que eu já penso, talvez,
Na situação do Brasil:
“Cara, você amava sim,
Essa menina, e agora,
Você vê chegar ao fim
Desse amor estático
Que lhe deixava ditoso
Entre amigos e amigas,
Colegas e todo o povo?
Por que você perdeu
Ela para esse cara feio
E bem mais pobre que
Você?” Ele disse: “Creio
Que o motivo foi este:
Enquanto eu falava dela,
Esse cara feio e pobre
Ficava sempre com ela.”
Assim já associo o amor
Que em muitos no Brasil
Está reinando no viver,
Perderam, e ato imbecil
Invadiu seus corações.
Por isso a dor, a loucura,
O ciúme e a paixão,
Tira do país a ternura,
E o almejo de progredir.
Ora, nesta situação,
Todos pagam por atos
De boêmio sem noção,
Pois perdeu, e não quer
Ceder pra quem ganhou
Com direito de cuidar
Com amor e por amor.
Então, se tiver paixão
Por alguma menina,
Não ande só falando,
Mas dê o que ilumina
Os seus olhos, mente
E também seu coração.
Fazendo assim, você
Não perderá a paixão,
Porque minha mãe já
Dizia: “A ingratidão
De alguém, tira de nós
Sim, qualquer feição.”
Mário Querino – Poeta de
Deus
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