quarta-feira, 30 de novembro de 2022

A INGRATIDÃO DE ALGUÉM, TIRA DE NÓS A FEIÇÃO

 

 

 


 

Mário Querino 30/11/2022

Eu, Mário Querino, fui

Analisar os fatos e vi

Que, as coisas andam

Completamente por si,

 

Crendo que o Homem

Não tem nenhuma fé,

Nem é possível o Deus

Que fez e faz qualquer

 

Coisa no vasto planeta

Intitulado Terra,

Sobretudo no Distrito,

Meu bom pé de serra

 

Onde eu nasci, cresci

Sem ter visto no Brasil

Algo na ideia do povo,

Ideia assim tão imbecil.

 

Eu sou sim, um louco,

Mas eu entendo tudo

Que vem fazer eu lutar,

Embora, pouco estudo,

 

Mas dá para eu atingir

O reconhecimento que,

Lutei, contudo, eu perdi

E devo passar o poder

 

Para quem venceu sim.

Ora, um boêmio amava

Uma menina bonita,

Mas consigo não falava.

 

Daí a garota, sua paixão,

Gostou de outro cara

Que lhe dava carinho,

Ternura e atenção rara.

 

O boêmio só comentava

Que lhe amava tanto

Aos colegas e amigos,

Mas ela ficava no canto

 

Esperando por ele sim.

Com o passar do tempo,

A garota se decidiu unir

Com contentamento

 

Seu amor com o amor

De outro, mais feio e sim,

Mais pobre. Daí marcou

O casamento, e por fim

 

Foram à Igreja para selar

Essa União Conjugal.

Ali estavam convidados

E parentes, que legal,

 

Esse matrimônio nesse

Dia de amor e emoção!

Daí o boêmio foi olhar

E ficou com insatisfação

 

Ao ver sua paixão ali

Se unindo com o cara

Mais feio e mais pobre

Do que ele, coisa rara.

 

E por curiosidade, um

Dos amigos íntimos fez

Essa pergunta pra ele,

Que eu já penso, talvez,

 

Na situação do Brasil:

“Cara, você amava sim,

Essa menina, e agora,

Você vê chegar ao fim

 

Desse amor estático

Que lhe deixava ditoso

Entre amigos e amigas,

Colegas e todo o povo?

 

Por que você perdeu

Ela para esse cara feio

E bem mais pobre que

Você?” Ele disse: “Creio

 

Que o motivo foi este:

Enquanto eu falava dela,

Esse cara feio e pobre

Ficava sempre com ela.”

 

Assim já associo o amor

Que em muitos no Brasil

Está reinando no viver,

Perderam, e ato imbecil

 

Invadiu seus corações.

Por isso a dor, a loucura,

O ciúme e a paixão,

Tira do país a ternura,

 

E o almejo de progredir.

Ora, nesta situação,

Todos pagam por atos

De boêmio sem noção,

 

Pois perdeu, e não quer

Ceder pra quem ganhou

Com direito de cuidar

Com amor e por amor.

 

Então, se tiver paixão

Por alguma menina,

Não ande só falando,

Mas dê o que ilumina

 

Os seus olhos, mente

E também seu coração.

Fazendo assim, você

Não perderá a paixão,

 

Porque minha mãe já

Dizia: “A ingratidão

De alguém, tira de nós

Sim, qualquer feição.”

 

Mário Querino – Poeta de Deus   


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