O cara foi ao comércio
Acertar as suas contas,
Quando lá ele chegou
Uma coisa ele apronta,
De atitude inteligente
E ainda bem esperta,
Que deixou seu credor
Sim, ali de boca aberta.
Como ele era sim um
Amigo de fé e verdade,
Obviamente tinha sua
Grande intimidade.
E começaram a contar
Casos sobre o dinheiro
Onde o cara mostrava
Ser digno e verdadeiro
Perante o seu amigo.
Daí então, com gosto
O cara comenta assim:
“Não enxergo pouco
Dinheiro, ainda que eu
Ponha um óculos, não
Vejo pouco dinheiro,
Essa é a minha razão
De eu vir aqui, amigo.”
Daí começou a colocar
A mão nos bolsos e não
Tirava nada para pagar
Sim, seu amigo credor.
O amigo credor via ali
O movimento do cara,
Sem nada do bolso sair.
Daí então, inquiriu sim:
“Ó cara, parece que não
Tem nada nos bolsos?
É triste a sua situação!”
O cara disse meneando
A sua cabeça assim:
“Eu não vejo dinheiro
Pouco, ainda em mim
Tendo óculos feito
Com o elevado grau.”
Daí virou seus bolsos
Perante o pessoal.
Obviamente o credor
Inquiriu: “O que fazer
Agora, como acertará
As contas? Ora, você
Não é como eu aqui.”
Daí então pegou sim
Um bolo de dinheiro
E tintim por tintim
Lhe mostrou passando
De cédula em cédula,
Por fim ele coloca sim
Numa pasta e carrega
Pra guarda num prédio,
Eram uns 50 milhões.
Daí o seu amigo credor
Com suas humilhações
Inquiriu ao cara assim:
“Você enxergou o meu
Dinheiro?” O cara disse:
“Claro, o tanto do seu,
Até um cego enxerga,
Basta dizer o tanto,
Que ele sabe se é sim
Muito. E no entanto,
Deixe o meu vale sim,
No mês que vem darei
Todo.” O amigo credor
Disse: “Este perderei,
E o que eu devo fazer?
Só este valor não paga,
Dobrado é que pagará?
Que conversa furada!”
Amigo, você enxerga
Dinheiro pouco?
E por que nunca para
De enfiar nos bolsos?
Ora, quanto mais enfia,
Fica menor o volume.
Mas o que devo fazer,
Se já é velho costume?
Mário Querino – Poeta de
Deus
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