Eu ouvindo comentos
Sobre a fome na Terra,
Fico pensando assim
No bom pé de serra:
Há 50 anos, eu tinha
Sim 10 anos de idade,
E também 10 irmãos
Nesta Comunidade,
Todos nós lidávamos
Plantando mandioca,
Feijão, milho, cana
E tudo mais na roça.
Então, era impossível
A gente passar fome,
Claro, não tinha não,
Lasanha, nem nomes
De comidas que hoje
Tem no planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra
Intitulado Bananeiras,
Onde eu nasci, cresci
E passo o meu tempo
Ainda pelejando aqui.
O pai Antônio Pereira,
Não comprava algo
Não, fora do básico,
E não vendiam fiado
Como vendem hoje
Em dia. Por exemplo:
Achas que pai deixaria
De comprar alimento,
Para comprar celular
Por R$ 1.000,00? Que
Pai compraria moto,
Precisando desfazer
Das vacas de leite,
Que daria para nós
O pão de cada dia?
Compraria uma Caloi
Ou uma bicicleta?
Deixando faltar o pão
Na mesa? Ora, pai já
Me deu por precisão
Uma bicicleta pra levar
Eu à Escola que ficava
Uns 9 km distantes
Do meu bom Distrito,
Isso foi importante.
Ora, agora, por mais
Que os inteligentes
E sabidos do planeta
Terra já comentem
E cacem justificativa
Para mostrar a causa
Dessa fome que é
Na Terra comentada,
Não vão chegar não,
A lugar nenhum aqui
No planeta Terra,
Sobretudo onde nasci.
Ora, o caso intitulado
Fome, muitas vezes
A culpa é sim dos pais
De Família. Ora, talvez
Afirmo isso no planeta
Intitulado Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra,
Vendo o movimento
Ou grande consumo
De celular caríssimo
E moto. Já acostumo
Com o consumismo,
Mas eu não vou não,
Desfazer de algo aqui
Sem alguma precisão.
Ora, se eu precisar
De uma bicicleta boa,
Para dar pedaladas
Entre essas pessoas,
Deixarei faltar o pão,
Só para ter uma nova,
Se a usada resolve
O problema? Sobra
Muito dinheiro para
Eu comprar alimento
E não viver na Terra
Fazendo sim lamento
Que eu posso evitar.
É óbvio, hoje em dia,
Eu já tenho crédito
De obter com alegria
Até um carro novo,
Mas eu vou fazer isso,
Sem uma precisão
Aqui no meu Distrito?
É claro que não vou.
Pois não vim pra viver
Nessa tal ostentação,
Sem ter o que comer.
Não é não, da minha
Conta, contudo o fato
É esse: ter carro novo
E ir à beira do asfalto
Pedir carona, pegando
Vaga de quem não tem.
Todavia é coisa da vida,
Não mudarei ninguém.
Então, nós éramos 11
Irmãos, já pensou o pai
Dar celular de R$ 1.000,00
Para todos? A onde vai
O orçamento da Família,
Ainda que tenha posse
De alguma propriedade
Na Terra? Muita sorte
Sim, meu pai teve aqui,
Pois criou 11 filhos sem
Nenhuma formatura,
Morreu velho também,
Sem se decepcionar
Com nenhum, certo?
Neto nenhum deixou
Infeliz e nem bisnetos.
Porém, onde eu quero
Chegar? É claro, aqui:
Então, preste atenção
No que eu vou redigir
Com muita convicção:
Pai tinha propriedade
Quando estava velho,
Na infância e mocidade,
Meu pai não tinha não,
Nenhuma roupa aqui,
Adequada para usar
Quando dava certo ir
À Escola de Professora
Leiga, que lhe instruía
Em casa na hora em
Que ele do pai fugia.
Mas sempre eu digo:
Quem trabalha Deus
Ajuda. Meu pai foi
Um exemplo para eu,
Digo, sobre o trabalho,
Pois ele não deixou
Faltar o pão na mesa,
É óbvio, não comprou
Lasanha e nem outras
Comidas novas,
Mas feijão e farinha
Tínhamos de sobra.
Agora, já concluindo
Aminha história sim,
Eu pergunto a todos
E todos digam a mim
Por que há essa fome
No planeta Terra?
Qual é o mais caro,
Aqui no pé de serra,
Uma garrafa de pinga,
De cerveja ou um pão?
Qual é mais caro aqui,
Para o querido irmão
Comprar, um litro
De gasolina pra andar
Sem precisão nas ruas
Ou o pão pra alimentar
E ter força para ralar
E ganhar mais ainda?
É claro, para tudo tem
Exceção, mas a Divina
Força pode ajudar sim,
Àquele que ainda lida
Com fé e obrigação,
Como eu e D. Marisa.
Trabalho dia e noite,
Noite e dia, só cochilo
4 horas por dia, hoje
Me levantei tranquilo,
Estou aqui redigindo
Desde de 1 hora sim,
Obviamente sem visar
Não, lucros para mim,
Pois eu recebo grátis
E grátis passo à vocês.
Por isso não faço não,
Questão nenhuma vez
Que eu público algo.
Quem quiser ler, frui,
Quem não quiser, faz
O que gosta, exclui.
Mas chegando o fim
Desta história digo
Para todos os meus
Compatrícios, amigos
E parentes também
Que, o planeta já está
Ficando sem espaço
Por isso ouvimos falar
Em fome e protestos,
Porque todos visam
A vida de ostentação
E a Terra está dividida
De maneira errada,
Enquanto tem gente
Que quer tudo sim,
Já deixando carente
A maioria dos irmãos.
Ora, Deus fez a Terra,
Sobretudo o Distrito,
Meu bom pé de serra,
Para todos nós, basta
Termos compreensão
E trabalharmos sim
A fim de ajudar irmãos
Que não têm o dom
De fazer o bom labor.
Ora, eu sou um louco,
Mas graças ao Senhor
Que ainda tenho ideia
Para deixar a cerveja
E com satisfação, eu
Botar o pão na mesa.
Porém, não quero não,
Me intervir na sua vida,
Eu quero viver assim
Ao lado de D. Marisa.
Eu estou pronto para
Ajudar àquele e àquela
Que precisar de mim
E claro, também dela.
Veja, como o espaço
Já está se estreitando,
Só havia 3,5 bilhões
De gente há 50 anos
Na Terra. Ora, tudo
Era mais facilitado sim,
O povo tinha espaço
Sim, para todos os fins,
E a Terra se tornava
Um planeta vasto,
Que todo mundo tinha
Um favorável espaço.
Agora, a Terra já tem
7,837 bilhões de gente,
É o motivo da fome
Que já acontece entre
As nações. Agora, fica
Esse comentário à-toa,
Obviamente sem jeito,
Porque as pessoas
Perdem o seu espaço
E os mais espertos vão
Herdando o melhor,
Tirando dos irmãos
O seu direito de viver
Na paz, amor, ledice
E também felicidade.
Por isso a Terra triste
Fica e a Natureza age
De forma violenta.
Será que os cientistas
Nesses fatos pensam?
Então, essa é a causa
De haver tanta fome
Entre animais, répteis,
Peixes, aves, homens,
Insetos e os vegetais.
Pois aumentou sim,
As populações daqui,
Por isso tudo vai ruim.
O Sistema se evoluiu,
E o planeta Terra,
Sobretudo o Distrito,
Meu bom pé de serra,
Já está pequeno para
Caber os seres vivos.
Então, quem for mais
Esperto ou “sabido”
Ainda terá uma vida
De regalia e ostentação,
Enquanto os outros,
Vivem sim, sem o pão.
Porém, eu dou glórias
Ao Deus da minha vida
Que não deixa eu usar
O dinheiro em bebidas,
Causando falta de pão
Em minha pequena
Mesa onde D. Marisa
Não tem tal problema,
Quer dizer, até aqui.
Mas quem não gasta
Seu dinheiro com algo
Que não é pão, passa
Bem sim, sem dúvida.
Pois a melhor porção
Das nossas vidas aqui
É trabalhar pelo pão,
Roupa, calçado, casa,
Remédio e o que faz
Bem às nossas vidas
Que o Senhor Deus Pai
Nos dá neste planeta
Intitulado Terra,
Sobretudo no Distrito
Meu bom pé de serra.
Assim, vejo no Planeta
Do cantinho nordestino,
Onde vivem D. Marisa
E Poeta Mário Querino.
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