terça-feira, 15 de novembro de 2022

QUEM É O CULPADO DE HAVER ESSA FOME NA TERRA?


 

Mário Querino 15/11/2022

Eu ouvindo comentos

Sobre a fome na Terra,

Fico pensando assim

No bom pé de serra:

 

50 anos, eu tinha

Sim 10 anos de idade,

E também 10 irmãos

Nesta Comunidade,

 

Todos nós lidávamos

Plantando mandioca,

Feijão, milho, cana

E tudo mais na roça.

 

Então, era impossível

A gente passar fome,

Claro, não tinha não,

Lasanha, nem nomes

 

De comidas que hoje

Tem no planeta Terra,

Sobretudo no Distrito,

Meu bom pé de serra

 

Intitulado Bananeiras,

Onde eu nasci, cresci

E passo o meu tempo

Ainda pelejando aqui.

 

O pai Antônio Pereira,

Não comprava algo

Não, fora do básico,

E não vendiam fiado

 

Como vendem hoje

Em dia. Por exemplo:

Achas que pai deixaria

De comprar alimento,

 

Para comprar celular

Por R$ 1.000,00? Que

Pai compraria moto,

Precisando desfazer

 

Das vacas de leite,

Que daria para nós

O pão de cada dia?

Compraria uma Caloi

 

Ou uma bicicleta?

Deixando faltar o pão

Na mesa? Ora, pai já 

Me deu por precisão

Uma bicicleta pra levar

 

Eu à Escola que ficava

Uns 9 km distantes

Do meu bom Distrito,

Isso foi importante.

 

Ora, agora, por mais

Que os inteligentes

E sabidos do planeta

Terra já comentem

 

E cacem justificativa

Para mostrar a causa

Dessa fome que é

Na Terra comentada,

 

Não vão chegar não,

A lugar nenhum aqui

No planeta Terra,

Sobretudo onde nasci.

 

Ora, o caso intitulado

Fome, muitas vezes

A culpa é sim dos pais

De Família. Ora, talvez

 

Afirmo isso no planeta

Intitulado Terra,

Sobretudo no Distrito,

Meu bom pé de serra,

 

Vendo o movimento

Ou grande consumo

De celular caríssimo

E moto. Já acostumo

 

Com o consumismo,

Mas eu não vou não,

Desfazer de algo aqui

Sem alguma precisão.

 

Ora, se eu precisar

De uma bicicleta boa,

Para dar pedaladas

Entre essas pessoas,

 

Deixarei faltar o pão,

Só para ter uma nova,

Se a usada resolve

O problema? Sobra

 

Muito dinheiro para

Eu comprar alimento

E não viver na Terra

Fazendo sim lamento

 

Que eu posso evitar.

É óbvio, hoje em dia,

Eu já tenho crédito

De obter com alegria

 

Até um carro novo,

Mas eu vou fazer isso,

Sem uma precisão

Aqui no meu Distrito?

 

É claro que não vou.

Pois não vim pra viver

Nessa tal ostentação,

Sem ter o que comer.

 

Não é não, da minha

Conta, contudo o fato

É esse: ter carro novo

E ir à beira do asfalto

 

Pedir carona, pegando

Vaga de quem não tem.

Todavia é coisa da vida,

Não mudarei ninguém.

 

Então, nós éramos 11

Irmãos, já pensou o pai

Dar celular de R$ 1.000,00

Para todos? A onde vai

 

O orçamento da Família,

Ainda que tenha posse

De alguma propriedade

Na Terra? Muita sorte

 

Sim, meu pai teve aqui,

Pois criou 11 filhos sem

Nenhuma formatura,

Morreu velho também,

 

Sem se decepcionar

Com nenhum, certo?

Neto nenhum deixou

Infeliz e nem bisnetos.

 

Porém, onde eu quero

Chegar? É claro, aqui:

Então, preste atenção

No que eu vou redigir

 

Com muita convicção:

Pai tinha propriedade

Quando estava velho,

Na infância e mocidade,

 

Meu pai não tinha não,

Nenhuma roupa aqui,

Adequada para usar

Quando dava certo ir

 

À Escola de Professora

Leiga, que lhe instruía

Em casa na hora em

Que ele do pai fugia.

 

Mas sempre eu digo:

Quem trabalha Deus

Ajuda. Meu pai foi

Um exemplo para eu,

 

Digo, sobre o trabalho,

Pois ele não deixou

Faltar o pão na mesa,

É óbvio, não comprou

 

Lasanha e nem outras

Comidas novas,

Mas feijão e farinha

Tínhamos de sobra.

 

Agora, já concluindo

Aminha história sim,

Eu pergunto a todos

E todos digam a mim

 

Por que há essa fome

No planeta Terra?

Qual é o mais caro,

Aqui no pé de serra,

 

Uma garrafa de pinga,

De cerveja ou um pão?

Qual é mais caro aqui,

Para o querido irmão

 

Comprar, um litro

De gasolina pra andar

Sem precisão nas ruas

Ou o pão pra alimentar

 

E ter força para ralar

E ganhar mais ainda?

É claro, para tudo tem

Exceção, mas a Divina

 

Força pode ajudar sim,

Àquele que ainda lida

Com fé e obrigação,

Como eu e D. Marisa.

 

Trabalho dia e noite,

Noite e dia, só cochilo

4 horas por dia, hoje

Me levantei tranquilo,

 

Estou aqui redigindo

Desde de 1 hora sim,

Obviamente sem visar

Não, lucros para mim,

 

Pois eu recebo grátis

E grátis passo à vocês.

Por isso não faço não,

Questão nenhuma vez

 

Que eu público algo.

Quem quiser ler, frui,

Quem não quiser, faz

O que gosta, exclui.

 

Mas chegando o fim

Desta história digo

Para todos os meus

Compatrícios, amigos

 

E parentes também

Que, o planeta já está

Ficando sem espaço

Por isso ouvimos falar

 

Em fome e protestos,

Porque todos visam

A vida de ostentação 

E a Terra está dividida

 

De maneira errada,

Enquanto tem gente

Que quer tudo sim,

Já deixando carente

 

A maioria dos irmãos.

Ora, Deus fez a Terra,

Sobretudo o Distrito,

Meu bom pé de serra,

 

Para todos nós, basta

Termos compreensão

E trabalharmos sim

A fim de ajudar irmãos

 

Que não têm o dom

De fazer o bom labor.

Ora, eu sou um louco,

Mas graças ao Senhor

 

Que ainda tenho ideia

Para deixar a cerveja

E com satisfação, eu

Botar o pão na mesa.

 

Porém, não quero não,

Me intervir na sua vida,

Eu quero viver assim

Ao lado de D. Marisa.

 

Eu estou pronto para

Ajudar àquele e àquela

Que precisar de mim

E claro, também dela.

 

Veja, como o espaço

Já está se estreitando,

Só havia 3,5 bilhões

De gente há 50 anos

 

Na Terra. Ora, tudo

Era mais facilitado sim,

O povo tinha espaço

Sim, para todos os fins,

 

E a Terra se tornava

Um planeta vasto,

Que todo mundo tinha

Um favorável espaço.

 

Agora, a Terra já tem

7,837 bilhões de gente,

É o motivo da fome

Que já acontece entre

 

As nações. Agora, fica

Esse comentário à-toa,

Obviamente sem jeito,

Porque as pessoas

 

Perdem o seu espaço

E os mais espertos vão

Herdando o melhor,

Tirando dos irmãos

 

O seu direito de viver

Na paz, amor, ledice

E também felicidade.

Por isso a Terra triste

 

Fica e a Natureza age

De forma violenta.

Será que os cientistas

Nesses fatos pensam?

 

Então, essa é a causa

De haver tanta fome

Entre animais, répteis,

Peixes, aves, homens,

 

Insetos e os vegetais.

Pois aumentou sim,

As populações daqui,

Por isso tudo vai ruim.

 

O Sistema se evoluiu,

E o planeta Terra,

Sobretudo o Distrito,

Meu bom pé de serra,

 

Já está pequeno para

Caber os seres vivos.

Então, quem for mais

Esperto ou “sabido”

 

Ainda terá uma vida

De regalia e ostentação,

Enquanto os outros,

Vivem sim, sem o pão.

 

Porém, eu dou glórias

Ao Deus da minha vida

Que não deixa eu usar

O dinheiro em bebidas,

 

Causando falta de pão

Em minha pequena

Mesa onde D. Marisa

Não tem tal problema,

 

Quer dizer, até aqui.

Mas quem não gasta

Seu dinheiro com algo

Que não é pão, passa

 

Bem sim, sem dúvida.

Pois a melhor porção

Das nossas vidas aqui

É trabalhar pelo pão,

 

Roupa, calçado, casa,

Remédio e o que faz

Bem às nossas vidas

Que o Senhor Deus Pai

 

Nos dá neste planeta

Intitulado Terra,

Sobretudo no Distrito

Meu bom pé de serra.

 

Assim, vejo no Planeta 

Do cantinho nordestino,

Onde vivem D. Marisa

E Poeta Mário Querino.

 

Mário Querino – Poeta de Deus   

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