Qual risco pode advir
Quando se declara
Que já ama alguém,
Não é confissão rara,
Porque todos e todas
Sempre falam isso,
Mormente em meu
Bom e quieto Distrito
Titulado Bananeiras,
Onde eu nasci, cresci
E sempre declaração
De amor, eu já ouvi.
Porém, eu não gosto
De ficar remoendo
A frase: “Eu te amo.”
Pois estou sabendo
Que ninguém dirá
Para o seu cônjuge:
“Não te amo, odeio!”
Porque ainda longe
Sem nenhum medo,
A pessoa dirá não,
Ao cônjuge: “Odeio
De todo o coração!”
Por que jamais dirá?
Pois todos e todas
Tem o tal de medo
E será frase doida
Ou precipitada sim.
Agora, eu te indago:
Caso você estando
Na rua, e abordado
Por uma pessoa que
Bote no seu pescoço
Uma faca e pergunte:
“Me amas?” Só louco
Que poderia dizer:
“Não.” Mas eu acho
Que louco também
Tem medo. De fato,
Diria que sim, ainda
Engolindo o que disse
Quando ele saísse dali,
Porque seria burrice
Expirar por não falar
A palavra: “Amo”.
Ora, eu caçando algo
No cantinho baiano,
Acho que seja risco
A pessoa declarar
Sua paixão pra outra
Sem antes provar.
Alguém vai inquirir:
“Qual melhor prova?”
O que objetar agora?
Claro, é ideia nova,
Porém, só assim eu
Posso redarguir sim:
Nunca se apresente
Como pessoa ruim,
Sempre exiba perfil
De pessoa elegante,
De quem sabe e tem
Coisas importantes.
Ora, assim a pessoa
Lhe enxergará bem,
Lhe declarará amor,
Amor que não tem
Nem para si mesmo,
Mas dirá que ama
De todo seu coração,
E de amor lhe chama,
E quando se afirmar,
Dê uma de louco,
Claro, já consciente
Sim, que aos poucos
A pessoa lhe deixará
Por se sentir mal
Perante a sociedade
Que verá um especial,
E não mais aquele
Que era amado sim
Por todos e todas.
Mas agora, já é ruim
Viver com gente que
É vista como especial.
E a frase: “Eu te amo!”
Pra onde foi, pessoal?
Porque não vive mais
Dentro do coração,
Obviamente, tomou
Sim, outra direção,
E somente virá sim,
Se a pessoa der volta
Por cima, e mostrar
Que sua vida é porta
Aberta para acolher
Por amor a sua vida.
Mas pode ser tarde,
Sim, minha querida.
Então, será um risco
Declarar sua paixão
Por gente na Terra,
Antes da provação.
É óbvio, já declarei
Que amo a D. Marisa,
Mas não sei de nada
Que se passa na vida
Desse terno coração
Que também já falou
Que me ama sim,
Porém, só o Senhor
Jesus Cristo que não
Decepcionou, decepciona
E nem decepcionará
Um senhor ou uma dona.
Mas já vivemos até
Aqui sim, entre altos
E baixos, espero que
Não ocorra fracasso
Entre Mário Querino
E D. Marisa na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Mário Querino – Poeta de Deus
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