Um casal foi ao Templo
E da Missa participou,
Quando chegou hora
De cantar o Padre ficou
Molhando com água
Um galho de mato,
E sacudindo no povo
Dentro desse espaço,
O casal ficou molhado
Durante o cântico:
“Bananeiras será
Abençoada, pois
O Senhor vai derramar
O seu amor. Derrama
Senhor, derrama
Senhor, sobre ela o seu
Amor.” Daí então, foi
Finalizada a Missa,
O casal voltou ditoso
E em sua casa fica.
Um dia depois, o cara
Foi pitar sim, animado
Uma casa, terminando,
Levou o pincel melado
Para lavrar. Daí lavou
O pincel sim, com fé,
Lembrando da Missa
Jogou água na Mulher,
Sacudindo o pincel.
Daí a Mulher pegou
Uma vassoura e deu
Uma carreira no amor
Da sua vida, por que
Lhe sacudiu sim, água
Com o seu pincel.
A briga não foi criada
Porque o cara correu,
Pensando no melhor.
Ora, se ele ficasse ela
Daria sim, uma só
Cacetada na cabeça.
Então, ele quis evitar
Uma grande confusão,
E depois perguntar:
“Meu amor, por que
Naquele dia na Missa
O Padre te molhou
Com água bendita
E você ditosa cantava,
E hoje, eu só sacudir
O meu pincel e você
Com ira quis me ferir?
Ora, sacudi o pincel,
Com muito amor sim,
Mas você ficou irada
E valente contra mim.
Por que não perdoou
A minha brincadeira?
Por que não cantei
Assim: 'Bananeiras
Será abençoada, pois
O Senhor vai derramar
O seu amor. Derrama
Senhor, derrama Senhor,
Sobre ela o seu amor'?”
Então, nem toda hora
O ser humano está pra
Brincadeira. De agora
Em diante, o cara não
Brincará mais com ela.
Pois nem toda água
Será do gosto dela.
Ora, minha mãe Dedé
Já dizia: “Não cutuque
Cobra com vara curta.”
Agora você me escute:
Quem entende gente?
Por que o Padre jogou
Água à vontade e ela
Com alegria cantou?
Enquanto, seu marido
Por uma brincadeira
Iria levar cacetada
Da sua Companheira.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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