SEXTA-FEIRA, VÉSPERA DA NATIVIDADE DE SÃO JOÃO

 

Como foi o meu dia

De ontem, sexta-feira?

Ora, foi assim: Pintei

Sim, a manhã inteira

 

A cozinha da nossa

Casa de Campo sim,

Enquanto eu pintava,

Tintim por tintim

 

D. Marisa cozinhava

O nosso bom feijão

Sim, no fogão à lenha,

Que fiz com satisfação

 

Pra nossa comida ser

Bem mais gostosa.

Pois a comida feita

Assim, fica saborosa,  

E a nossa neta Maya

Brincava no quintal

Com seu primo Josué

Que no meu ideal

 

Não deve ser visto

Ou fotografado sem

Alvará do responsável

Que na vida ele tem.  

 

Porque Josué é nosso

Sobrinho, e estava

Passando o dia sim

Aqui em nossa casa.

 

Nosso neto Brad veio

Também nos visitar,

Porém, seus pais não

Puderam aqui estar,

Por isso não é não,

Visto, por esse motivo.    

No crepúsculo da tarde

Nosso filho Acaz Ido

 

Junto com a sua mãe,

D. Marisa e a filhinha

Maya tocaram fogo

Felizes numa chuvinha.

 

Pois hoje já é véspera

Sim, da Natividade

De São João Batista,

E nossa Comunidade

 

Também congratula

Com muita satisfação

Este dia tão animado,

Ora, Dia de São João.

À noite, eu e D. Marisa

Fomos à Sede do Distrito

Intitulado Bananeiras,

E foi muito bom isso,

 

Como disse nosso Deus,

Quando concluiu a Obra

E entregou para nós.

Fiquei na casa da sogra,

 

E lá eu fui fotografado

Ao lado de D. Marisa,

Juntinho a fogueira,

E contente com a vida.  

 

Ora, a noite estava sim,

Num clima muito bom,

Não estava chovendo,

Nem tinha o alto som.

Ora, na Praça da Igreja

Tinha um movimento,

Não era muito não,

Durante esse tempo

 

Em que fiquei vendo

Tudo que tinha lá sim,

Na véspera de São João.

Ora, tintim por tintim

 

Eu contemplei a praça

E fiquei lembrando sim

Do tempo passado,

Tempo que para mim

 

Era bem mais alegre,

Tinha sim mais forró,

Quadrilhas e fogos,

Ora, tinha algo melhor.

Certamente, ontem,

Uma árvore Farinheira,

Foi morta como Ramo

Queimado na fogueira.

 

Ora, ela estava repleta

De presentes, mesmo

Assim, foi para o fogo,

Quero saber do segredo.

 

O Quiosque do Dudu

Estava sim enfeitado,

Com palha de Ouricuri

E ainda papéis cortados.

 

Eu e D. Marisa viemos

Logo para a Chácara

Santa Maria, onde já

Somos cheios da graça...

 

Mário Querino – Poeta de Deus

“E aconteceu que, no oitavo dia, foram circuncidar o menino. E queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. Mas a mãe disse: “Não, ele se chamará João”. (Lucas 1, 59-60)