Ontem, eu já fui sim
Ao Cemitério da Paz,
Reformar a Tumba
De meus velhos pais.
Ora, já estava assim
Suja e com mofo,
E então, eu fui fazer
Limpeza com gosto,
Porque estão meus
Pais e meu irmão,
E eu devo preservar
Com boa satisfação
A memória deles.
Alguém pode dizer:
“Pra quem morreu
Não há mais prazer
Em nada neste Orbe
Intitulado Terra,
Mormente neste
Amado pé de serra
Titulado Bananeiras.”
Quem sabe sou eu,
Pois li isso na Bíblia,
A Palavra de Deus,
E notei que o povo
De Deus, que já era
Povo aprisionado
Na longínqua terra
Chefiada por Faraó,
Guardaram sim, 400
Anos os ossos de José,
E meu pensamento
Vai se iludir agora,
Dentro duma Religião
Assim moderna que
A Bíblia não é não,
Aceita como Ela já é
Um Livro Sagrado?
Será que os ossos
De José, guardados
400 anos, não havia
Nenhum sentido?
Ora, se não tivesse,
Não seriam dirigidos
Juntos com o povo
Que saiu do Egito
Guiado por Moisés.
Por isso eu hoje fico
Cuidando da Tumba
De meus amados pais
E sim, do meu irmão
Que dormem em paz
Até a volta de Jesus.
Se ossos do bisneto
De Abraão foram sim,
Preservados, é certo
Que ossos de meus
Pais e de meu irmão
Que já estão virados
Em pó, neste Chão,
Eu devo cuidar bem
Da área onde estão
Sepultados os corpos
De meus pais e irmão.
É óbvio, não sou não,
Nenhum besta
Pra colocar no meu
Encéfalo ou cabeça
Essa ideia que eles
Sabem de algo daqui,
Mas estou sabendo
Enquanto eu existir
Vivo no vasto Orbe
Intitulado Terra,
Sobretudo no meu
Querido pé de serra
Titulado Bananeiras
Onde nasci, cresci
E um dia morrerei
Pois não sou daqui,
Apenas ficarei sim,
Uns anos com vida
Ao lado da Mulher
Intitulada D. Marisa.
Trago na memória
Que eu já tive pais,
Tive esse irmão que
Foi e não volta mais
E ainda tenho gente
Que eu posso rever
Com muita alegria,
Antes de eu morrer
Ou eles morrerem.
Mas já sou cônscio
Que, quem morre
Já está sim pronto,
Vivendo em outra
Dimensão onde eu
Acho impossível vê
Antes de ir pra Deus.
Então, com as vindas
De religiões novas,
O povo vive confuso
E despreza normas
Que a Bíblia mostra.
Lázaro foi visitado
Por Jesus, a ponto
De ser ressuscitado,
Como de costume,
Jesus após morrer,
Foi também visitado,
E deixarei por quê?
Então, quem achar
Que morto não vale
Mais nada, faça sim,
Só o bem, e se cale
Quando o tema for
Cemitério, mormente
O Cemitério da Paz
Onde ficam parentes
Que já foram e não
Voltarão mais aqui
Para lhe dizer que é
Bom ou ruim. Você aí
Fique iludido nessa
Religião que ensina
Doutrina moderna
Fora de regras divinas.
Se após morrer não
Servir para nada,
Por que não somos
Iguais a bicharada,
Para os outros vivos?
Por que guardamos
Corpos escondidos
Dentro de Cemitério,
Almejando sim, paz
E também mausoléu
A gente aqui faz,
Para outro corpo
Não ser enterrado
Sobre o que a gente
Enterrou? Cuidado
Excelente para com
Quem já morreu,
E muitos dizem que
Já acabou! Ora Deus
Fez o Homem a sua
Imagem e Semelhança.
Então, ainda morto
Temos a esperança
De sermos visitados
Como foi Lázaro sim,
E Jesus também.
Alguém visite a mim
Quando eu morrer,
Porque assim, tenho
A certeza que gente
Me ama. Hoje venho
Ficarei na memória
De alguém na Terra,
Se não, minha História
Durante o tempo
Que eu aqui estou
Vivendo. Eu penso:
Cresci e fico na Terra,
Sobretudo no meu
Mirado pé de serra,
Se depois tudo vai
Terminar em nada?
Acha que Deus fez
Sua essencial Casa,
Que é sim, o Corpo
Humano onde Ele
Quer sempre está,
E não usufruir dele?
Se o corpo não tiver
Nenhum valor
Depois que morrer,
Por que o Senhor
Quer ressuscitar?
Então, se você não
Der valor ao corpo
Após voltar ao Chão,
Por que ilude agora
Esse povo menos
Esclarecido na Terra?
Isso eu não entendo.
Mário Querino – Poeta de Deus
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