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Em minha casa
Tudo mudou,
Agora posso dizer
Que o apagão chegou.
Já vendi a geladeira,
Não uso o liquidificador,
Uma lâmpada só
Usando agora estou.
Coloquei no telhado
Uma telha transparente
Para o sol iluminar
A casinha da gente.
Aproveito também a luz
Da minha amiga lua,
E às vezes a claridade
Da luz da rua.
Não tenho mais prazer,
De viver com alegria,
Agora minha preocupação
É não gastar energia.
Se eu pudesse acabaria
E compraria lampião,
Ficaria despreocupado
Com este tal de apagão.
Mas como eu não posso,
Nada posso fazer,
Sou obrigado a gastar
Mesmo sem poder.
Mas tudo bem, Senhor,
Não estou tão feliz,
Nem tampouco alegre,
Mas assim o Senhor quis.
Queria ser um vaga-lume
Para ter luz própria,
Quem me dera ser
Ao menos uma cópia!
Só assim não teria
Tanta precisão
De energia em casa
E pensando no apagão.
Eu teria luz para mim
E também para os amigos,
Não gastaria nada
Nem seria repreendido.
Mas como não posso ser,
Vou ficar na vontade
E sendo obrigado
Escrever sem claridade.
Só o fato de pensar
Neste tal de apagão,
Fico muito preocupado
Com a minha visão.
Existe tanta ilusão
Neste planeta Terra,
Que o povo deixou a paz
Para viver em guerras.
Eu não vou brigar
Por causa de energia,
Porém, peço a Deus
Que nos dê paz e alegria.
Preciso me controlar
E sempre fazer oração,
Para Deus dar um fim
Neste tal de apagão.
Mário Querino – Poeta de Deus
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