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Jesus tinha muitos segredos.
Então Ele ia estrada afora,
Junto com seu amigo Pedro,
Jesus cansado disse: “E agora?”
Então ali na beira do caminho
Morava um pobre homem
E sua casa era um ranchinho.
Jesus perguntou: “Qual é seu nome?”
O homem respondeu: “José de Alencar.
Eu estou um pouco doente,
Dar para você comigo ficar?”
Jesus disse: “É bom para a gente
Descansar aqui um pouquinho
Com você meu grande amigo.”
O homem disse: “Sou pobrezinho,
Mas fico muito agradecido.”
Então começaram a conversar
E ali a noite passou,
Chegou a hora de viajar,
Jesus saiu e Pedro o acompanhou.
Quando chegaram ao caminho,
Pedro foi e falou:
“Jesus, que homem bonzinho
Aquele que nos guardou!
Não seria bom o Senhor ajudá-lo
Para que ele tenha boa condição?”
Então Jesus começou a pensar
E disse: “Será que foi de coração
Que ele nos recebeu?”
Pedro novamente falou:
“Jesus, ele é amigo seu,
Não seria bom ajudá-lo, Senhor?”
Jesus disse: “Vamos caminhar.”
Passado muito tempo,
Jesus voltou naquele lugar
E disse: “Pedro, eu não aguento,
Vamos agora descansar.
Vai lá naquele arranha-céu
E pergunta se tem lugar
Naquele lindo hotel.”
Então Pedro chegou lá
E perguntou assim:
“Aqui tem lugar
Para um amigo e pra mim?”
Então o guarda respondeu:
“Aqui não tem lugar para você
Nem para o amigo seu.”
Pedro disse: “O dono estar? Quero ver.”
O guarda disse assim:
“Se ele vê você aqui no portão,
Ele vai te dar um fim
E você não volta mais não.”
Jesus se aproximou e disse:
“Eu faço questão de o ver,
E você deixe de tolice,
Eu o conheço mais do que você.”
O guarda foi lá e chamou-o,
E era o José de Alencar.
Então Jesus lhe perguntou:
“Há lugar para a gente descansar?”
O homem respondeu baixinho:
“Ali atrás do arranha-céu
Tem um ranchinho,
Não tem aqui no hotel.”
Jesus com aquela humilhação,
Foi para aquele ranchinho,
Pedro não gostou não,
Porque ficaram sozinhos.
Então, Jesus lembrou ao Pedro,
Que o homem não merecia enricar,
Para Jesus não tem segredo
E o homem era José de Alencar.
Então seguiram o caminho
E Jesus tornou a falar:
“Quando ele era pobrezinho,
Veio conosco descansar
E agora ele não deu atenção
Para os seus melhores amigos
Que deram a mão,
Quando ele estava afligido.”
Mário Querino - Poeta de Deus
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