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Voltei o tempo de criança
E me veio na lembrança
Quando era um vaqueiro.
Hoje morro de saudade,
Vivo nesta grande cidade
Assim triste e prisioneiro.
De que vale eu ter tanto
Dinheiro longe do campo
Sem prazer e liberdade.
Queria a vida de vaqueiro
Mesmo sem ter dinheiro,
Mas ter minha felicidade.
Eu sempre procuro conter
A dor que me faz sofrer
E me deixa constrangido.
De que vale tanto dinheiro
E passar o tempo inteiro
Vivendo assim sem sentido?
Lembro-me do boi moreno,
Quando eu era pequeno
E viajava de carro de boi
Com fé, paz, amor e alegria.
Hoje eu choro noite e dia
Recordando o que já se foi.
Então sempre digo assim
Com emoção até ao fim:
Jamais perderei o tempo.
Pois ele não me esperará
E por isso vou aproveitar
A minha vida do momento.
Sempre procuro esquecer
O que jamais eu vou viver
Neste mundo tão inovado.
O passado há tempo se foi,
Já era o velho carro de boi,
Tudo agora é motorizado.
Mário Querino – Poeta de Deus
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