Poeta Mário Querino 05/09/2017 |
Quanto mais o Governo
Investe nos Estudos,
Eu, como um Poeta vejo
No homem um absurdo.
Quando o país tinha alto
Número de analfabetos,
O Sistema era mais fraco,
E a Justiça tinha sucesso.
Claro, tinha coisas ilícitas,
Porém, tinha mais temor,
Mais respeito e conquistas
Pela bravura que ganhou.
Ora, havia muita pobreza
E honestidade presente,
Sim, tinha muita riqueza,
Mas a Justiça era ciente...
Na era do analfabetismo,
Claro, no querido Brasil,
Os pais eram mais ativos
E sua família mais gentil.
Hoje, sinceramente digo
Que os lideres fazem sim
Atos... Que fico pensativo
E comento só para mim:
Para que tamanho saber
Na cabeça dos chefes
Que só sabe então fazer
O que Deus não agradece?
A Justiça fica anos e anos
Examinando a situação.
E do pé de serra baiano
Só vejo mais é corrupção.
Hoje em dia o pai diz:
“Meu filho, vá comprar
Um quilo de arroz.” Feliz
Ele vai, mas ao chegar lá,
Claro, com o bom troco
Compra o melhor doce.
O pai diz: “Cadê o outro
“Real”, que não trouxe?”
O filho fica caçoando sim
Da cara de seu pai e diz
Se justificando até o fim:
“Vi doce e comprar quis.”
O pai diz: “Vais apanhar.”
O filho replica com saber:
“Digo ao Conselho Tutelar
E ele vai prender você.”
O pai abaixa a sua cabeça
E diz diante de seu filho:
“Por incrível que pareça,
O povo perdeu seu trilho!
Quando este menino
Crescer, crescer,
crescer...
Neste sertão nordestino,
O que será aonde viver?”
Quando éramos pequenos,
Nossa mãe dizia:
“Assim, hoje entendo,
E de minha mãe eu ouvia:
‘Quem furtar um só grão,
Também furtará um saco
Cheio, usou má intenção,
E isto para vocês já passo.’
Naquele tempo não tinha
Estes direitos inventados,
Nosso povo sempre vinha
Adquirindo algo, suado.
Agora, é tanta facilidade,
Que o ser humano já vive
Fora da responsabilidade
E leis lhe deixando livre.
Sem nenhuma punição.”
Minha mãe citou adágio
Que é a cara da corrupção:
“Mente vazia é casa do Diabo.”
É justo, direitos humanos,
Não sou contra algo
lícito,
Contudo, ficou faltando
Deveres e compromissos.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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