Analisando o prejuízo
Que a superstição traz,
Mudei o meu sentido
E não quis saber mais
Desta coisa inventada.
Claro, que superstição
Larga até grana suada,
Caso tenha obrigação
De renegar a crendice
Que herdou dos pais
Ou daquele que disse
Que isso ou aquilo faz
Mal, se caso cometer.
Num lugarejo havia
Alguém que ao receber
Algo, ele não aceitaria
Usar a mão esquerda.
Pois tinha superstição
E preferia ter perda
Do que estender a mão
Pra receber ainda que
Fosse muito dinheiro.
A superstição no viver
Agia seu tempo inteiro.
Um certo dia alguém
Fez um bom negócio,
E muito caro também,
Que agora eu mostro
Que a superstição traz
Um grande prejuízo.
Daí, alguém foi capaz
De jurar para o amigo:
“Só receberei a grana
Nessa data. Não poderá
Ser outro dia da semana
E não poderei perdoar.”
O amigo concordou sim,
E passou dia, mês e ano.
Um dia antes do fim
Que foi feito este plano,
O amigo descobriu sim
Esta grande superstição,
Ideou tintim por tintim
E achou uma resolução:
“Se alguém não deseja
Auferir nada nesta vida
Com a mão esquerda,
Realmente, será perdida
A grana que eu pagaria.”
Então, começou a idear
Como então fazer iria
Para a superstição obrar
Na vida desse alguém.
Então usou a estratégia
Que funcionou bem.
O amigo então entrega
A grana ao funcionário
Sem a sua mão direita,
Após disse o necessário.
Obviamente, desta feita
Deu certo seu negócio.
Quando o funcionário
Chegou e ficou próximo
Disse só o necessário:
“Senhor, esta é a grana
Que meu senhor pagaria
Neste dia da semana.”
A mão esquerda estendia
Com a grana para alguém.
Mas alguém disse: “Não,
Assim não me faz bem,
Não quero com essa mão.”
O funcionário instruído
Disse: “Agora já é a hora,
Senão ela volta comigo.”
Alguém disse: “Vá embora
Prefiro perdê-la do que
Receber com essa mão.”
Alguém preferiu perder
Por causa de superstição
A grana de muito valor,
Porque fez um pacto.
O amigo estratégia usou
Para saber que, de fato,
O supersticioso vive sim
Tomando prejuízo
Com medo de algo ruim,
Algo que mude o sentido.
Mário Querino – Poeta de
Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário