Poeta Mário Querino 28/09/2017 |
Um senhor me chamou:
“Ei, vem cá ver algo
Que alguém me mandou.”
Então fui ver apressado.
Quando eu cheguei lá,
Ele abriu uma revista
E ousou me mostrar,
Fazendo papel de artista.
Ora, na primeira página
Vi uma figura de mulher
Desnuda, ele deu risada,
Já testando a minha fé.
Obviamente ele achava
Que eu tinha também
A postura que carregava,
No que não me convém.
Então indaguei assim:
Me chamou só para isto?
O que trará para mim
No meu amado Distrito?
Você acha que sou besta
Para ficar vendo figuras
De mulher nua? A cabeça
Que eu tenho, há postura
De homem inteligente.
Se fosse para eu viver
Com este ato indecente,
Eu procuraria então ver,
É claro, uma mulher real,
E não figuras de papel.
Tanta nudez no pessoal,
E você ainda tira chapéu,
Amigo, para essas figuras?
Agora eu lhe pergunto,
Seja uma franca criatura
Claro, dentro do assunto:
Nesta revista tem a sua
Mulher e as suas filhas?
Ele disse: “Vão ficar nuas?
Elas são a minha família.”
Respondi: Por que você
Me chamou apressado
Para eu então ver
O que você acha errado?
Claro, se fosse coisa boa
Ou lícita, sua família
Jamais estaria à-toa,
Mas com quem partilha.
Então meu caro amigo,
O que eu acho ilícito
Na minha família, digo,
É também às do Distrito
E ainda às deste mundo.
Porque a minha meta
É ter respeito profundo
Como um bom Poeta.
Dentre a minha loucura,
Eu não sou ingênuo
Para contemplar figuras
De algo que entendo
E posso até apalpar sim,
Se eu então quiser.
Ora, não interessa a mim,
Também tenho mulher,
Sei, que não é diferente...
Mas faz grande diferença
E procura viver descente.
Sei, não tem inteligência
Nem capacidade de ver
Uma mulher Natural
A qual possa lhe fazer
Realizar bem o seu ideal.
Se me vier figura assim,
É claro, deixo excluída,
Pois não serve para mim.
Fica o amigo ou amiga,
Mas a figura é do Diabo,
Caso, ele queira aceitar.
Senão, receba animado
Quem ousou me enviar.
Mário Querino – Poeta de Deus
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