Poeta Mário Querino 11/02/2019 |
Os meus dias passam
Como o forte vento,
E todo dia observo
Com contentamento.
Cada dia eu acho sim
Que meu velho corpo
Sofre uma mudança
E vejo rugas no rosto,
Claro, cabelos brancos
Por todos os lados sim,
Vejo as vistas turvas,
E ouvidos quase ruins.
A boca já sem querer
Dar um grito forte,
O meu vigor diminui,
Claro, há luz no dote,
Mas não dar mais não,
Para eu encarar a lida
Que o mundo oferece,
Já está exausta a vida.
Então fico só no gosto
De fazer algo mais,
Mas o corpo não dar
Pra fazer o que satisfaz.
Porque está cansado
E não aguenta lutar
Como tenho vontade,
E devo me conformar.
Farei o que eu posso,
Sem me preocupar.
Os meus dias passam
Sem chance de voltar.
Então, olho o Distrito
Com um olhar ditoso,
E fico muito contente
No meio deste povo.
Certamente o Senhor
Tem graças para dar,
E com fé eu espero,
Com Justiça chegará.
Mário Querino – Poeta de Deus
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