Poeta Mário Querino 28/05/2019 |
Hoje, estive pensando
Em algo inacreditável
Neste cantinho baiano
Onde acho agradável.
Pois quando não havia
A especial Informática,
Cartas sempre redigia
Sim para o Santo Papa,
É claro, João Paulo II
E ainda para Bento XVI.
Com amor profundo,
Dentro de um mês
Eu recebia a resposta
Por meio de Correio,
Que me trazia na roça,
Ou por amigos alheios.
Contudo, hoje em dia,
Percebo que tudo está
Fora desta Tecnologia,
Mas não vou acreditar
Que isso seja por falta
De condições não,
Chegar na hora exata
Uma comunicação
Aqui no meu Distrito.
Porque aqui já tem
Computador visto
Como ágio também,
Já tem sim telefone,
Carteiro que já sabe
E conhece cada nome,
Tem celular que cabe
Boas e más noticias
Do Brasil e do mundo.
Acho que foi injustiça
Ou um erro profundo.
De quem acha ser
Melhor do que outros.
Sobre isso posso dizer
Que eu sou um louco,
Porém, não acredito
Que faltou o recurso
O meu amado Distrito,
Pra saber algo público
Que aconteceu há 30
E poucos quilômetros
Distante. Hoje se sinta
Culpado, pois é perto,
Tão perto que meu pai
Sendo um tropeiro,
Todo sábado era capaz
De ir ganhar dinheiro
Vendendo suas frutas.
Ele saía de Bananeiras
Tocando jegue, luta
Na madrugada inteira.
Agora, já ouço alguém
Dizer que a notícia
Passou um ano, e tem
Dificuldade de ser vista
E ouvida aqui por mim.
Isso é grande atraso,
Todo mundo vê assim,
Não ficarei enganado.
Mário Querino – Poeta de Deus
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