Como estou isolado
Sem ter outro labor,
A não ser sentado
Usando computador
Pra poetar com bem
Mais encanto aqui.
Então vamos ler sim
Um caso que redigi:
Havia num Distrito
Um homem louco,
Por ter usado algo
Contra o seu corpo,
Motivo de ter ficado
Assim tão doidão
Ferindo as portas
Sim de um barracão.
O homem estava sim
Muito louco, a ponto
De chamar a atenção.
Daí um cara pronto
Para amenizar tudo,
Saiu logo de sua casa
E seguiu até a praça,
Sem comentar nada.
Só pôs as suas mãos
Para trás e seguia
Na boa, a fim de falar
Com o louco que feria
As portas da entidade
Pública. Daí alguém
Disse: “Vá não, cara,
Vais se ferir também.
Porque ele está com
Um facão riscando
As portas da entidade,
E o povo só olhando.”
Porém, o cara seguiu
Na boa até à praça.
Daí se aproximou
Sem nenhuma graça,
E disse: “Fulano de tal,
Quero falar contigo!”
Daí o homem louco
Olhou com um sorriso
E falou: “És tu, ó cara!”
Daí então, o cara falou:
“Amigo, pare com isso,
Vejas como já ficou
Cheio de gente vendo
O teu trabalho aqui...
Vá pra sua casa, cara,
Se deites para dormir
Um pouco e acalmar
A sua cabeça. Certo? ”
O homem louco ficou
Realmente, quieto
Ao ouvir o cara que
Era considerado sim
Um louco natural.
E tintim por tintim
O povo queria saber
Por que o homem
Obedeceu tão fácil,
E repetia o seu nome
Como se já fosse sim
Uma pessoa ligada
A sua mesma mania.
Não teve não, nada
De enigma, a não ser,
Que o cara era doido
Mais do que o homem
Que transtornou todo
O seu corpo com algo
Impróprio para viver
Assim tão doidão.
Então, pra se vencer
Um louco, é preciso
Ser louco e meio,
Ou até mais, senão
Perde, nisso eu creio.
Mário Querino – Poeta de Deus
Mário Querino 15/07/2020 |
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