Mário Querino 23/07/2020 |
Alguém indagou assim:
Por que bem antes não
Havia tantos vírus com
Esse poder de Sansão?”
O que eu vou responder
Agora para esse alguém
Que me indagou assim?
Ora, toda pergunta tem
A resposta adequada,
Se for pergunta besta,
O rebate também será,
Não esquente a cabeça,
Porque vai ouvir agora,
Tudo que você quer
Saber sobre vírus atuais
Que não tinha visto até
O presente tempo não.
No meu entendimento,
Nosso povo do passado
Tinha outro alimento,
E outra bebida melhor.
As pessoas bebiam sim
Pitú, Conhaque, Bacardi,
Serra Grande, e por fim,
Muitas bebidas fortes,
Não esquecendo não,
Do Leão do Norte, Raiz
E também o Alcatrão
Que curava qualquer
“Gripinha”, como disse
O Presidente numa boa
Para todos com ledice.
A Água, era de tanque,
Riacho, lagoa, cacimba,
Rio e também da chuva,
Quando a força Divina
Mandava cair na Terra.
As pessoas comiam sim,
Cuscuz, farinha, feijão,
Mocotó e tripa, aipim,
Carne de porco assada,
Galinha caipira, peixe,
E enfim, o que era puro.
Hoje, então, você deixe
Tudo isso e note tudo
Que você está bebendo
Por já ser um civilizado,
E continua aqui vivendo
Ao lado da loira gelada,
Que espuma no copo
E já congela o pulmão,
Porém, é bom negócio.
Mas eu vejo diferente,
Pois se o povo tomasse
As bebidas do passado,
Com gozo e não gelasse
O pulmão com cerveja,
Sem dúvida, o Covid-19
Não teria tanta força,
Para fazer o que pode
Fazer na vida do povo
Que se acha civilizado,
Ao lado da loira dentro
De um frasco gelado.
Se esse povo presente
Comesse e bebesse sim
Como os antepassados,
Ainda sendo tudo ruim,
Em comparação a tudo
De bom que tem agora,
Com certeza, o Covid-19
Já teria ido se embora,
Ou nem teria chagado.
Quanto mais aumenta
A civilidade, o povo fere
A Natureza e enfrenta
Ou tem que enfrentar
Algo que ninguém pode
Combater tão fácil não,
Caso, esse tal Covid-19.
Então, quando meu pai
Gripava, ele pegar limão,
E colocava com fé sim,
Dentro do Alcatrão,
Tomava 1 litro de Uísque
Todo domingo, era certo.
Tomava Claudionor sim,
Só procurou um Médico,
Quando já estava com
Mais de 60 anos de vida,
Mas ele comia mocotó
E tripa de vaca, a bebida
Era água do rio aipim,
A cachaça era algo forte
Que queimava tudo,
Mas ele só viu a Morte
Aos 87 anos de idade.
E sinceramente, ralou,
Fazendo cerca a manhã
Inteira, à tarde expirou,
Ainda dentro da roça,
Com a pretensão sim,
De mudar o cavalo pra
Outro pasto de capim,
Pois no dia seguinte
Iria pegá-lo para fazer
Visita à outra roça sim,
Mas precisou morrer
Para o seu corpo virar
Pó e o seu espírito
Voltar para Deus sim,
Deixando este Distrito.
Então, vá à procura sim,
Dessa tal loira (Cerveja),
Que você deixará logo
A sua terrinha sertaneja.
Se a minha resposta não
Foi convincente,
Já peço que procure sim,
Outro cara inteligente.
Mário Querino – Poeta de Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário